Listas  |  08.08.2021

20 livros sobre feminismo para você saber tudo sobre o tema

Existem muitas divergências e enganos a respeito do que é feminismo. Mas, ainda bem que existem autoras incríveis que escreveram livros excepcionais sobre o tema. Muitas obras desmistificam, explicam e aprofundam no conceito, seja de maneira mais densa ou mais simples. Para te ajudar a entender tudinho sobre o assunto, selecionamos 20 livros sobre feminismo — ou que conversam com o tema — para tirar de vez todas as dúvidas sobre essa concepção tão necessária.

Veja a seguir:

20 livros sobre feminismo para você saber tudo sobre o tema

20 livros sobre feminismo para você saber tudo sobre o tema

1. O Segundo Sexo – Simone de Beauvoir

Em 1949, Simone de Beauvoir publicava na revista Les Temps modernes alguns capítulos de seu próximo livro, O segundo sexo. Pioneiro, o texto causou grande comoção por seu feminismo audacioso e consagrou a autora no panteão da filosofia mundial.

Provedora, vassala, acolhedora. Não importa como se apresenta, o lugar da mulher sempre foi definido pelo homem. Este configura a posição central na sociedade. O homem – que tomou para si a definição de “ser humano” – relega à mulher uma posição secundária, um papel de coadjuvante na História. Foi a partir dessa constatação e da pergunta “o que é uma mulher?” que a filósofa existencialista Simone de Beauvoir deu início à sua reflexão para escrever “O segundo sexo”. A preocupação contudo não foi em equiparar um gênero a outro. Para ela, isso seria demasiado simplista, inclusive porque o homem é “um ser absoluto”, enquanto a mulher ainda não o é. Simone de Beauvoir procurou compreender de que maneira a mulher ocupou, ou a fizeram ocupar, essa posição de “segundo sexo” em diferentes sociedades, como ela se coloca no mundo e como contribui para essa configuração social.

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2. O Feminismo é Para Todo Mundo – Bell Hooks

Eleita uma das principais intelectuais norte-americanas, pela revista Atlantic Monthly, e uma das 100 Pessoas Visionárias que Podem Mudar Sua Vida, pela revista Utne Reader, a aclamada feminista negra Bell Hooks nos apresenta, nesta acessível cartilha, a natureza do feminismo e seu compromisso contra sexismo, exploração sexista e qualquer forma de opressão.

Com peculiar clareza e franqueza, Hooks incentiva leitores a descobrir como o feminismo pode tocar e mudar, para melhor, a vida de todo mundo. Homens, mulheres, crianças, pessoas de todos os gêneros, jovens e adultos: todos podem educar e ser educados para o feminismo. Apenas assim poderemos construir uma sociedade com mais amor e justiça.O livro apresenta uma visão original sobre políticas feministas, direitos reprodutivos, beleza, luta de classes feminista, feminismo global, trabalho, raça e gênero e o fim da violência.

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3. Sejamos Todos Feministas – Chimamanda Ngozi Adichie

Neste ensaio preciso e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero. Segundo ela, tal igualdade diz respeito a todos, homens e mulheres, pois será libertadora para todos: meninas poderão assumir sua identidade, ignorando a expectativa alheia, mas também os meninos poderão crescer livres, sem ter que se enquadrar em estereótipos de masculinidade. Sejamos todos feministas é uma adaptação do discurso feito pela autora no TEDx Euston, que conta com mais de 1,5 milhão de visualizações e foi musicado por Beyoncé.

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4. Feminismo em Comum – Marcia Tiburi

Primeiro livro feminista escrito pela filósofa Marcia Tiburi, autora do sucesso Como conversar com um fascista. Podemos definir o feminismo como o desejo por democracia radical voltada à luta por direitos de todas, todes e todos que padecem sob injustiças sistematicamente armadas pelo patriarcado. Nesse processo de subjugação, incluem-se todos os seres cujo corpo é medido por seu valor de uso – corpos para o trabalho, a procriação, o cuidado e a manutenção da vida e a produção do prazer alheio –, que também compõem a ampla esfera do trabalho na qual está em jogo o que se faz para o outro por necessidade de sobrevivência.

O que chamamos de patriarcado é um sistema profundamente enraizado na cultura e nas instituições, o qual o feminismo busca desconstruir. Ele tem por estrutura a crença em uma verdade absoluta, que sustenta a ideia de haver uma identidade natural, dois sexos considerados normais, a diferença entre os gêneros, a superioridade masculina, a inferioridade das mulheres e outros pensamentos que soam bem limitados, mas ainda são seguidos por muitos.

Com este livro, Marcia Tiburi nos convida a repensar essas estruturas e a levar o feminismo muito a sério, para além de modismos e discursos prontos. Espera-se que, ao criticar e repensar o movimento, com linguagem acessível tanto a iniciantes quanto aos mais entendidos do assunto, Feminismo em comum seja capaz de melhorar nosso modo de ver e de inventar a vida.

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5. Quem Tem Medo do Feminismo Negro? – Djamila Ribeiro

Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital , entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação.

Foi apenas no final da adolescência, ao trabalhar na Casa de Cultura da Mulher Negra, que Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas raízes e não mais querer se manter invisível. Desde então, o diálogo com autoras como Chimamanda Ngozi Adichie, bell hooks, Sueli Carneiro, Alice Walker, Toni Morrison e Conceição Evaristo é uma constante.

Muitos textos reagem a situações do cotidiano — o aumento da intolerância às religiões de matriz africana; os ataques a celebridades como Maju ou Serena Williams – a partir das quais Djamila destrincha conceitos como empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela também aborda temas como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil, além de discutir a obra de autoras de referência para o feminismo, como Simone de Beauvoir.”

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6. Mulheres, Raça e Classe – Angela Davis

Mulheres, raça e classe, de Angela Davis, é uma obra fundamental para se entender as nuances das opressões. Começar o livro tratando da escravidão e de seus efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, nos dá a dimensão da impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo. Além disso, a autora mostra a necessidade da não hierarquização das opressões, ou seja, o quanto é preciso considerar a intersecção de raça, classe e gênero para possibilitar um novo modelo de sociedade.

Davis apresenta o debate sobre o abolicionismo penal como imprescindível para o enfrentamento do racismo institucional. Denuncia o encarceramento em massa da população negra como mecanismo de controle e dominação. Dessa forma, questiona a ideia de que a mera adesão a uma lógica punitivista traria soluções efetivas para o combate à violência, considerando-se que o sujeito negro foi aquele construído como violento e perigoso, inclusive a mulher negra, cada vez mais encarcerada.

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7. Para Educar Crianças Feministas – Chimamanda Ngozi Adichie

Para educar crianças feministas: Um manifesto - Chimamanda Ngozi Adichie

FOTO: Melissa Marques | Resenhas à la Carte

Após o enorme sucesso de Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista.

Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos.

Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.

Nós já fizemos a resenha desse livro aqui. Vale a pena conferir!

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8. Um Teto Todo Seu – Virginia Woolf

Baseado em palestras proferidas por Virginia Woolf nas faculdades de Newham e Girton em 1928, o ensaio Um teto todo seu é uma reflexão acerca das condições sociais da mulher e a sua influência na produção literária feminina.

A escritora pontua em que medida a posição que a mulher ocupa na sociedade acarreta dificuldades para a expressão livre de seu pensamento, para que essa expressão seja transformada em uma escrita sem sujeição e, finalmente, para que essa escrita seja recebida com consideração, em vez da indiferença comumente reservada à escrita feminina na época.

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9. A Política Sexual da Carne – Carol J. Adams

Unindo feminismo e vegetarianismo, esta obra de Carol J. Adams vem transformando a maneira como milhares de pessoas enxergam o mundo desde o seu primeiro lançamento. Com argumentos sólidos e consistentes, o livro demonstra a estreita ligação entre a dominância masculina – e a consequente cultura de violência contra a mulher – e o ato de comer carne.

A nova edição brasileira traz um novo posfácio com imagens que ajudam a sustentar a ideia defendida por Carol, à qual é impossível ficar indiferente. Assim, A política sexual da carne é uma obra de leitura obrigatória para refletir sobre as relações entre homens, mulheres e animais na luta por um mundo sem opressão.

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10. Eu sou Malala – Malala Yousafzai

Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o preço com a vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações Unidas em Nova York.

Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de protesto pacífico e a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz. Eu sou Malala é a história de uma família exilada pelo terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens. O livro acompanha a infância da garota no Paquistão, os primeiros anos de vida escolar, as asperezas da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da vida sob o Talibã.

Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, este livro é uma janela para a singularidade poderosa de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e cultural cheio de interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido pelo Ocidente.

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11. Empodere-se: 100 Desafios Feministas para Reconhecer sua Própria Força e Viver Melhor – Maynara Fanucci

Mulheres que têm vergonha do próprio corpo ou de dizer o que pensam. Mulheres que dizem sim por medo de dizer não. Mulheres que se comparam com outras o tempo todo e não conseguem enxergar o próprio valor. Mulheres que se cobram demais e pensam que deveriam dar conta de tudo. Você se identificou com alguma dessas situações? Se sim, fique tranquila: você não é a única.

Todas nós enfrentamos problemas de culpa e de falta de autoconfiança em algum momento, sobretudo por conta do que a sociedade ensina às mulheres há séculos. Mas está mais do que na hora de mudar essa realidade, e é por isso que o empoderamento feminino é tão importante na nossa vida. Em Empodere-se, a radialista e influenciadora Maynara Fanucci lança 100 desafios que abordam questões femininas essenciais nos dias de hoje desde insegurança a problemas com relacionamentos abusivos e com a autoimagem corporal.

Baseada no famoso Desafio dos 100 dias que a autora lançou em seu perfil @empodereduasmulheres, a obra motiva as mulheres a acreditar mais em si mesmas e na enorme força que têm dentro de si. A ideia é que, ao incorporarmos atitudes simples em nosso dia a dia, poderemos gerar uma revolução, construindo um mundo melhor e mais igualitário para todas nós.

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12. Outros Jeitos de Usar a Boca – Rupi Kaur

Resenha: Outros Jeitos de Usar a Boca - Rupi Kaur

FOTO: Melissa Marques / Resenhas à la Carte

Outros jeitos de usar a boca é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente.

Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia e que também assina as ilustrações presentes neste volume , o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.

Veja a resenha aqui!

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13. Os Homens Explicam Tudo Para Mim – Rebecca Solnit

Em seu ensaio icônico “Os Homens Explicam Tudo para Mim”, Rebecca Solnit foca seu olhar inquisitivo no tema dos direitos da mulher começando por nos contar um episódio cômico: um homem passou uma festa inteira falando de um livro que “ela deveria ler”, sem lhe dar chance de dizer que, na verdade, ela era a autora.

A partir dessa situação, Rebecca vai debater o termo mansplaining, o fenômeno machista de homens assumirem que, independentemente do assunto, eles possuem mais conhecimento sobre o tema do que as mulheres, insistindo na explicação, quando muitas vezes a mulher tem mais domínio do que o próprio homem.

Por meio dos seus melhores textos feministas, ensaios irônicos, indignados, poéticos e irrequietos, Solnit fala sobre as diferentes manifestações de violência contra a mulher, que vão desde silenciamento à agressão física, violência e morte.

Os Homens Explicam Tudo para Mim é uma exploração corajosa e incisiva de problemas que uma cultura patriarcal não reconhece, necessariamente, como problemas. Com graça e energia, e numa prosa belíssima e provocativa, Rebecca Solnit demonstra que é tanto uma figura fundamental do movimento feminista atual como uma pensadora radical e generosa.

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14. O Mito da Beleza- Naomi Wolf

Em O mito da beleza, a jornalista Naomi Wolf afirma que o culto à beleza e à juventude da mulher é estimulado pelo patriarcado e atua como mecanismo de controle social para evitar que sejam cumpridos os ideais feministas de emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a partir dos anos 1970. As leitoras e os leitores encontrarão exposta a tirania do mito da beleza ao longo dos tempos, sua função opressora e as manifestações atuais no lar e no trabalho, na literatura e na mídia, nas relações entre homens e mulheres e entre mulheres e mulheres.

Nomi Wolf confronta a indústria da beleza, tocando em assuntos difíceis, como distúrbios alimentares e mentais, desenvolvimento da indústria da cirurgia plástica e da pornografia. Esta edição, revista e ampliada, traz uma apresentação da autora contextualizando o livro para os leitores de hoje, já que esteve mais de duas décadas longe das livrarias brasileiras.

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15. Mulheres Que Correm com os Lobos – Clarissa Pinkola Estés

Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante.

Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Seu livro, Mulheres que correm com os lobos, ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros.

Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações psíquico-arqueológicas’ nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher.

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16. Objeto Sexual – Jessica Valenti

Nesta sincera autobiografia, Jessica Valenti, uma das feministas mais proeminentes da atualidade, explora o preço que o machismo cobra na vida das mulheres. Dos assédios em transportes públicos e o medo do sucesso ao despertar sexual e a maternidade, Objeto Sexual revela os momentos dolorosos, constrangedores, e às vezes “fora da lei”, que moldaram o período da adolescência e de jovem adulta de Valenti na cidade de Nova York.

Visceral e emocionante, Objeto Sexual, não apenas conta as histórias vividas pela autora, mas reproduz as que se repetem todos os dias, na vida de milhões de mulheres objetificadas ao redor do mundo.

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17. Mulheres e Poder – Mary Beard

Uma das mais respeitadas e conhecidas historiadoras contemporâneas, Mary Beard escreve um verdadeiro manifesto feminista. Baseado em duas palestras proferidas por ela nos últimos anos, O poder das mulheres traça as origens da misoginia desde os tempos antigos e mostra que esse ódio continua tendo voz.

A autora apresenta inúmeros exemplos de como as mulheres sempre foram proibidas de terem um papel de liderança na vida civil. De Medusa a Filomena (que teve a língua cortada) passando por Hillary Clinton, Angela Merkel e Dilma Rousseff, Mary Beard faz reflexões inclusive sobre a sua própria trajetória para discutir como o papel feminino precisa ser redefinido na estrutura de poder da sociedade atual. Mais um best-seller da autora de SPQR.

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18. Reivindicação dos Direitos da Mulher – Mary Wollstonecraft

Considerado um dos documentos fundadores do feminismo, o livro denuncia a exclusão das mulheres do acesso a direitos básicos no século XVIII, especialmente o acesso à educação formal. Escrito em um período histórico marcado pelas transformações que o capitalismo industrial traria para o mundo, o texto discute a condição da mulher na sociedade inglesa de então, respondendo a filósofos como John Gregory, James Fordyce e Jean-Jacques Rousseau.

Libertária, Mary Wollstonecraft fez de sua própria vida uma defesa da emancipação feminina: envolveu-se na Revolução Francesa e foi uma precursora do amor livre. Tendo falecido logo após o parto de sua segunda filha, não pôde vê-la tornar-se, também, uma famosa escritora: Mary Shelley, a autora de Frankenstein. Extremamente revolucionário para a época, Reivindicação dos direitos da mulher foi traduzido para vários idiomas, se tornou uma referencia teórica para as precursoras do feminismo contemporâneo, como Simone de Beauvoir, e uma leitura essencial para as discussões de gênero.

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19. Pensamento feminista hoje: Perspectivas decoloniais – Heloisa Buarque de Hollanda (Org.)

A perspectiva decolonial é uma das mais atuais e contestadoras linhas do pensamento feminista contemporâneo, reivindicando a desconstrução de leituras hegemônicas sobre a mulher e o discurso de feministas oriundas dos países historicamente dominantes. Como reação ao processo de colonização – histórico e intelectual – o pensamento decolonial irrompe o cenário do feminismo com novas teorias e novos questionamentos sobre o problema do gênero, raça, classe e da própria epistemologia.

Para apresentar um panorama do pensamento decolonial feminista, o livro reúne trabalhos de 22 autoras que dimensionam essa fundamental contribuição para o debate atual, apresentando pensadoras pioneiras, como a argentina María Lugones; a nigeriana Oyèrónké Oyěwùmí, que questiona os conceitos ocidentais de gênero a partir da experiência iorubá; a dominicana Yuderkys Espinosa Miñoso, que investiga a experiência histórica feminina na América Latina; a boliviana Julieta Paredes, que conjuga ideias e ativismo em defesa do feminismo comunitário; e as brasileiras Luiza Bairros, que enfatiza a expressão do feminismo negro, e Maria da Graça Costa, que aponta para novas propostas, como o ecofeminismo. As artes plásticas também são tomadas aqui com um discurso.

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20. Heroínas desta História – Carla Borges e Tatiana Merlino

Este livro dá voz a mulheres silenciadas há muitos anos. Mulheres que fazem parte da história brasileira, mas cujas trajetórias permanecem tão pouco conhecidas quanto o período no qual seus caminhos, embora distintos, se cruzam: a ditadura civil-militar.

Se ainda resta muito a esclarecer sobre as violências cometidas pelo Estado brasileiro durante o regime militar, muito mais falta revelar sobre as mulheres que estavam ao lado daqueles que tombaram. São mães, irmãs e esposas de pessoas que se posicionaram contra o autoritarismo de diferentes maneiras e que por isso foram perseguidas, torturadas e assassinadas. Mulheres que não se calaram, nem durante a ditadura nem em tempos ditos democráticos.

Este livro não é apenas uma homenagem a elas, nem somente uma reparação devida às famílias. Tampouco é só para os que viveram esses anos difíceis. Ao preencher um vazio inconteste, esta obra se destina a todos nós que merecemos e devemos conhecer nosso passado, a fim de identificar as repetições que conduzem a um desfecho anunciado. Para todos os que acreditam num mundo menos desigual e com justiça social.

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