*Atualizado em 14 de março de 2024
Parece até estranho fazer uma resenha de O Iluminado, não é mesmo? Afinal, quem nunca viu o filme ou já leu esse livro clássico do Stephen King?
E mesmo se você não tenha assistido/lido, com certeza já ouviu falar. Mas não importa! Quis fazer essa resenha porque esse foi meu primeiro contato verdadeiro com o autor (já tinha lido Os Olhos do Dragão e Sobre a Escrita, mas não é a mesma coisa).
Confesso que Stephen King é aquilo que todo mundo fala: o mestre do horror, do suspense, do thriller psicológico. Eu, por exemplo, me apaixonei pelo estilo do autor imediatamente!
O Iluminado não é somente uma história de horror. O que mais me encantou, na verdade, foi a tensão da narrativa. Meu Deus, que livro TENSO! Eu quase roí todas as minhas unhas e sempre me pegava com o cenho franzido enquanto lia.
O livro é bem grande, com mais de 400 páginas, mas não dá vontade de parar de ler. Embora os acontecimentos demorem para desenrolar, é justamente por isso que a obra é tão interessante. Por conta dessa demora, os personagens são bem construídos e complexos, então nossas expectativas aumentam em relação ao que pode acontecer em breve. O clima de suspense é construído no ritmo certo e somos envolvidos com tanto ardor na história que, mesmo após o final do capítulo, ela continua passando pela nossa cabeça.
A história é sobre Jack Torrance, ex-alcoólatra e desempregado, que aceita um emprego como zelador do afastado Hotel Overlook para conseguir sustentar a esposa Wendy e o filho Danny.
Danny é uma criança especial, sensível e que consegue perceber coisas que outras pessoas não conseguem. Wendy é uma mãe preocupada e uma esposa atormentada por conta do alcoolismo do marido, que já trouxe problemas demais para a família. E Jack é um personagem único, pois ao mesmo tempo em que luta contra seu temperamento difícil, ainda se esforça para manter a união familiar.
O problema é quando eles chegam ao Hotel Overlook para passar o inverno — todos os funcionários vão embora, deixando os três sozinhos no lugar. A partir daí, os eventos bizarros e perturbadores acontecem sucessivamente.
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Achei engraçado que, ao mesmo tempo em que os personagens são odiosos (muitas vezes dá vontade de socar a cara deles), a empatia prevalece. Adoro quando o autor nos conduz aos problemas vividos pelos personagens, que têm seu lado ruim, mas se esforçam para conseguir lidar com suas frustrações e empecilhos.
O Iluminado é, acima de tudo, um drama familiar que se passa em um contexto de suspense arrebatador.
Eu sempre ouvi falar que Stephen King detestou a adaptação do Kubrick para o cinema, o que me deixou meio incrédula. O filme do Kubrick é tão bom, tão intenso! Por que ele não gostou? Simples: porque o filme é COMPLETAMENTE DIFERENTE do livro.
Claro que o contexto geral é o mesmo e alguns acontecimentos são similares, mas parece que eu entrei em contato com duas histórias parecidas, diferente de uma adaptação.
Nesse caso, acho mais indicado falar que Kubrick dirigiu uma reinterpretação do livro. Obviamente que a linguagem cinematográfica é diferente da linguagem do livro, mas ainda assim, foram trabalhos divergentes. Portanto, os dois são bons, com elementos comuns, mas que podem ser apreciados separadamente.
Enfim, terminei a leitura desse livro e me tornei uma grande fã do Stephen King. Como bom contador de histórias, ele faz um excelente trabalho. Adorei e recomendo muito (se você não tiver medo, claro).
Quem ainda não conhece, pode conferir o trailer do filme a seguir:
E você, já leu? O que achou da história? Conta pra gente nos comentários!
Nota:
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Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos