*Atualizado em 11 de março de 2024
Li O Filho de Mil Homens por indicação de um amigo e tive a melhor surpresa possível! O autor português Valter Hugo Mãe utiliza a língua portuguesa com tanta maestria que suas palavras permanecem mesmo após o fim da leitura. É incrível!
José Saramago chamou o livro de “tsunami literário”. É como uma nova língua, um português transformado, com uma sentença mais poética e sensível do que a outra. Um livro para agarrar e não soltar mais. A prosa fantástica de Valter Hugo Mãe é leve e sutil, com personagens densos, bem construídos e que nos fazem pensar (e sonhar) a cada segundo.
Durante o processo de leitura fiquei tão encantada, que parava pra ler diversas vezes o mesmo parágrafo. Coloquei muitos adesivos para me lembrar das lindas citações e colocá-las aqui no blog. Mas, antes de mais nada, vamos à sinopse:
Com vontade imensa de ser pai, o pescador Crisóstomo, um homem de quarenta anos, conhece o órfão Camilo, que um dia aparece em sua traineira. Ao redor dos dois, outros personagens testemunham a invenção e construção de uma família em vinte capítulos. Valter Hugo Mãe, ao falar de uma aldeia rural e dos sonhos anulados de quem vive nela, atravessa temas como solidão, preconceitos, vontades reprimidas, amor e compaixão.
As personagens são complexas e apaixonantes. Isaura, Crisóstomo, Camilo, Matilde, Mininha, são os moradores de um vilarejo sofrido – apenas pessoas comuns tentando o melhor de si para encontrar a felicidade.
Não conseguia parar de devorar as páginas de O Filho de Mil Homens, apenas para descobrir um final incrível – desfecho emocionante para uma história trágica de início. Não vou revelar detalhes, mas pense num livro que vai te transformar. São diferentes temáticas em pouco mais de 200 páginas: machismo, preconceito, solidão, tristeza, família… Aliás, o novo conceito de família que esta obra aborda é perfeita para os dias de hoje.
Ser o que se pode é a felicidade. (p.77)
O Crisóstomo disse ao Camilo: todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. (p.188)
Se você procura uma leitura enriquecedora, encontrou o livro certo! Sem contar que a edição da Globo Livros é incrível, tanto no acabamento, como na diagramação e no papel mais encorpado.
Para comprar o livro, é só acessar o link abaixo:
Não vejo a hora de ler os outros livros do Valter Hugo Mãe 🙂
Nota:
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Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos
Olá!! Adorei sua resenha e também me apaixonei pelo livro!
Só queria tb deixar uma observação de que o Premio Saramago em 2007 e o comentário dele sobre “um novo parto da Lingua Portuguesa” foi para o livro O remorso de Baltazar Serapião, e não para O Filho de mil homens, que é de lançamento em 2011!
Só comentando porque quando li estranhei as datas e fui procurar!
Beijooos ?
Obrigada pela informação Ana Luisa! Vou tirar da resenha.
Um abraço
Já li “A desumanização” e achei incrível. A escrita, os personagens… é apaixonante. Estava a procura de outro livro do autor para ler, acho que encontrei! Muito boa sua resenha 🙂
Oi Carolina! Obrigada!
Eu sempre quis ler desumanização também, o estilo do Valter Hugo Mãe é incrível.
Beijos!
Fiquei interessado em conhecer o livro. Vou fazê-lo. Abraço.
Oi Fábio! Espero que goste! 🙂 Abraços
Fiquei interessado em conhecer o livro. Vou fazê-lo. Abraço.
Oi Fábio! Espero que goste! 🙂 Abraços
Já li “A desumanização” e achei incrível. A escrita, os personagens… é apaixonante. Estava a procura de outro livro do autor para ler, acho que encontrei! Muito boa sua resenha 🙂
Oi Carolina! Obrigada!
Eu sempre quis ler desumanização também, o estilo do Valter Hugo Mãe é incrível.
Beijos!