*Atualizado em 19 de março de 2024
Comecei a leitura de A Menina Submersa com altas expectativas. Li muitas resenhas em blogs falando o quanto esse livro era bom, que se tratava de uma história densa, uma viagem na mente de uma personagem com esquizofrenia.
E tudo isso é verdade, apesar de ser uma leitura lenta, sem ritmo e muitas vezes irritante.
A protagonista India Morgan Phelps, também chamada de Imp (em inglês, Imp significa “diabinho” ou “duende”, mas na tradução esse detalhe se perdeu) tenta construir sua história em uma antiga máquina de escrever.
Sem se importar com a cronologia, India tenta montar uma linha de acontecimentos de sua vida, junto com seus devaneios e sentimentos mais profundos. Ela sofre de esquizofrenia e tem altas tendências suicidas, assim como sua mãe Rosemary e sua avó Caroline.
Dessa forma, é difícil delimitar uma sinopse para este livro, já que A Menina Submersa é na verdade uma obra metalinguística: a personagem, ao escrever suas memórias, conversa com si mesma entre as páginas.
Ou seja, acompanhamos a narrativa dentro da mente de Imp, que não consegue delimitar com clareza o que realmente aconteceu em sua vida ou o que, na verdade, foi uma ilusão de sua mente perturbada.
O livro ganhou o Bram Stoker Award, premiação que elege os melhores livros de terror e suspense de cada ano. E realmente ele traz uma inquietação, um clima de terror misturado com um drama melancólico. Seu conteúdo de reflexão é rico, assim como suas infinitas referências à arte, literatura e música.
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O problema é que não foi uma leitura agradável. Se o livro tivesse 100 páginas a menos, acredito que seria mais bem resolvido.
Muitas e muitas páginas reforçam aquilo que já sabemos, loucuras e loucuras sem parar, num ritmo desenfreado, porém entediante. Não consegui ler muito por dia.
O ritmo da narrativa é arrastado e cansativo, os personagens passam longe de serem carismáticos (apesar de densos e de personalidade forte, não tiro esse mérito), mas ler esse livro foi praticamente tomar um sonífero.
O fluxo de consciência, recurso utilizado por autores incríveis como Virginia Woolf, é o estilo adotado por Kiernan para tentar traduzir a vida de uma garota com esquizofrenia.
No começo fiquei bastante interessada, é uma leitura que te leva a querer mais, conhecer a história de Imp. Mas da metade para frente esse recurso torna-se enfadonho e o livro se arrasta a passos de tartaruga para um final que não podia ser muito diferente.
Se você gosta bastante de livros introspectivos, provavelmente vai adorar A Menina Submersa. Se, como eu, você prefere uma narrativa mais fluida, provavelmente vai se sentir entediado.
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Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos
Achei que eu estivesse tendo um impressão errada sobre o livro.Mas é isso mesmo.Eu comecei a ler,parei por um tempo,e agora voltei a ler,porém tive que voltar para o início.É um livro cansativo mesmo, linear.
Sim, é bem cansativo, tem que persistir pra terminar!
Concordo plenamente com sua Resenha. Li metade do livro, parei por um tempo e depois voltei a ler. Precisei me esforçar bastante para concluir a leitura.
Difícil de continuar, né Camila? Foi uma leitura desgastante.
Beijos
Oi Isabela. Te escrevo em uma pausa durante a leitura de Garota Submersa. Concordo com você. Estou na pag. 138 e o livro se tornou um tédio. Não há novidade, uma vez que a própria narradora mostrou ter consciência dos problemas que tem. Então há muita repetição. O relacionamento insosso, pesadelos em torno de contos de fadas, mania com números. Ela já mostrou tudo isso desde o começo e o livro me parece realmente sem vida. Fiquei mal humorada e tonta,me identificando com a menina, talvez nesse ponto. Obrigada pela resenha. Acho que vou parar a leitura por aqui.
Que bom que gostou da resenha, Samantha. Esse livro foi bem difícil pra mim. Alguns momentos também me identifiquei com a menina, mas é extremamente cansativo e repetitivo. Não aguentava mais aquele monte de mania e pesadelos, não dá a mínima vontade de continuar. A empatia pelos personagens também acaba rápido, todos são enfadonhos. Sinto dizer que não melhora muito, não!
Concordo plenamente com sua Resenha. Li metade do livro, parei por um tempo e depois voltei a ler. Precisei me esforçar bastante para concluir a leitura.
Difícil de continuar, né Camila? Foi uma leitura desgastante.
Beijos
Achei que eu estivesse tendo um impressão errada sobre o livro.Mas é isso mesmo.Eu comecei a ler,parei por um tempo,e agora voltei a ler,porém tive que voltar para o início.É um livro cansativo mesmo, linear.
Sim, é bem cansativo, tem que persistir pra terminar!
Oi Isabela. Te escrevo em uma pausa durante a leitura de Garota Submersa. Concordo com você. Estou na pag. 138 e o livro se tornou um tédio. Não há novidade, uma vez que a própria narradora mostrou ter consciência dos problemas que tem. Então há muita repetição. O relacionamento insosso, pesadelos em torno de contos de fadas, mania com números. Ela já mostrou tudo isso desde o começo e o livro me parece realmente sem vida. Fiquei mal humorada e tonta,me identificando com a menina, talvez nesse ponto. Obrigada pela resenha. Acho que vou parar a leitura por aqui.
Que bom que gostou da resenha, Samantha. Esse livro foi bem difícil pra mim. Alguns momentos também me identifiquei com a menina, mas é extremamente cansativo e repetitivo. Não aguentava mais aquele monte de mania e pesadelos, não dá a mínima vontade de continuar. A empatia pelos personagens também acaba rápido, todos são enfadonhos. Sinto dizer que não melhora muito, não!