*Atualizado em 18 de novembro de 2019
Eu já coloquei aqui no blog um infográfico superlegal de dicas para quem deseja escrever mais rápido e sem distrações. Agora, recebi novamente algumas curiosidades divertidas sobre autores famosos com ilustrações superfofas! Infelizmente, o texto do infográfico é em inglês, mas fiz uma tradução livre, já que o conteúdo é bem curioso. Se você gosta de literatura clássica ou de conhecer mais sobre autores famosos, existem alguns hábitos ‘peculiares’ e estranhos de escritores que são muito interessantes.
Olha só os 20 hábitos estranhos de autores famosos:
20 hábitos estranhos e ‘peculiares’ de autores famosos
1. James Joyce
James Joyce preferia escrever enquanto deitava de bruços. Ele usava lápis azuis bem grandes e usava um jaleco branco enquanto escrevia. Todos esses hábitos, no entanto, não eram resultado de uma ‘maluquice’. A maioria deles era por conta de sua visão debilitada. Lápis grandes o ajudavam a enxergar melhor o que ele escrevia, enquanto o jaleco refletia mais luz nas páginas. Curiosidade: ele escreveu boa parte de Finnegans Wake usando pedaços de giz de cera e caixas de papelão.
2. Virginia Woolf
Virginia Woolf escrevia toda manhã por duas horas e meia. Ela usava uma mesa que tinha mais ou menos um metro de altura e em ângulo curvado. Isso ajudava Woolf a avaliar seu trabalho tanto à distância quanto bem de perto. Essa peculiaridade nasceu por conta de sua rivalidade com a irmã Vanessa, que pintava quadros de pé. Portanto, Virginia não queria ser ‘superada’.
3. Franz Kafka
Franz Kafka usava um método radical para dar um gás na criatividade. Ele se levava à exaustão. No começo, ele trabalhava 12 horas por dia, até ser promovido. No entanto, com tantas novas responsabilidades e outras atividades (exercícios físicos, passar tempo com a família), ele geralmente começava a escrever por volta das 23h e continuava até 6h da manhã.
4. Truman Capote
Truman Capote era muito supersticioso, o que o tornava bem estranho. Truman nunca começava ou terminava um trabalho às sextas-feiras. Ele também trocava de quarto de hotel se os números somassem 13. Outra superstição: nunca havia mais de duas bitucas de cigarro no cinzeiro de Capote. Ele guardava o restante dentro dos bolsos de seus casacos.
5. Victor Hugo
Para criar um prazo, Victor Hugo usava métodos estranhos. Ele começou a escrever O Corcunda de Notre Dame no outono de 1830 (Setembro no hemisfério norte) e queria terminar em Fevereiro de 1831. Para fazer isso, ele comprou um tinteiro e se trancou em um quarto. Ele nem queria usar roupas limpas, exceto um xale cinza e uma blusa de malha para diminuir a vontade de sair. Curiosidade: Victor Hugo queria nomear seu trabalho ‘O que surgiu de um tinteiro’, mas apareceu com outro título. Inclusive, ele terminou até mesmo antes do prazo final.
6. Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe era um escritor apaixonado por seus bichos de estimação. Mas ele elevou esse amor a outro nível. Ele amava tanto sua gata Catterina que ele acreditava que ela era sua guardiã! Para deixar tudo isso ainda mais misterioso, rumores dizem que Catterina faleceu duas semanas após a morte de Poe.
7. Flannery O’Connor
Ela tinha uma grande afeição por aves domésticas. Começou com uma galinha durante a infância e evoluiu para uma coleção de perus, faisões, codornas e um pato. Uma vez, ela até encomendou pelo correio seis pavões, entre eles filhotinhos.
8. Anthony Burgess
O autor de Laranja Mecânica tinha um jeito curioso de superar tarefas difíceis ou entediantes. Se ele tinha que fazer uma descrição mais detalhada, Burgess pegava um dicionário, abria em uma página aleatória, e usava palavras daquela página que completavam sua tarefa. Curiosidade: Burgess admitiu que seu livro ‘MF’ é o resultado de tal truque. Ele usou palavras do dicionário R.J. Wilkinson’s Malay para descrever um vestíbulo de hotel.
9. Friedrich Schiller
Friedrich Schiller tinha um hábito ainda mais estranho do que os outros atores já citados. Ele deixava maçãs em uma gaveta e deixava que elas estragassem de propósito. Ele gostava do cheiro que elas emanavam, e isso o inspirava.
10. Agatha Christie
Agatha Christie também usava maçãs para se inspirar, mas de um jeito um pouco mais ‘normal’. Ela adorava começar maçãs na banheira enquanto examinava fotos de homicídios. Supercomum, né?
11. Alexandre Dumas
Dumas tinha uma peculiaridade em relação a cores. Ele usava um tom específico de papel azul para escrever ficção. Para poesia, ele preferia papel amarelo. Uma vez, Dumas ficou sem papel azul e foi obrigado a usar um bloquinho creme no lugar: ele acreditou que influenciou negativamente seu trabalho.
12. William Faulkner
Faulkner adorava beber whisky enquanto escrevia. Ele desenvolveu esse hábito após conhecer Sherwood Anderson. Eles costumavam sair bastante quando viviam em Nova Orleans. Curiosidade: Faulkner adorava esse hábito. Uma vez ele disse: “E eu então pensei: se essa era a vida de um escritor, essa era a vida pra mim”.
13. Lewis Carroll
O autor de Alice no País das Maravilhas gostava de escrever com um tipo específico de tinta: roxa. Enquanto trabalhava como professor de matemática em Oxford, Carroll usava tinta roxa para corrigir os trabalhos dos estudantes. Então ele continuou usando a mesma tonalidade para escrever ficção.
14. Ernest Hemingway
Como ele mesmo declarou, escrevia 500 palavras por dia. Hemingway fazia isso durante a manhã, para evitar o calor da tarde. Curiosidade: em uma carta para F. Scott Fitzgerald, Hemingway disse que para cada página que escrevia, 1 era uma obra-prima, enquanto 91 páginas eram porcarias que ele jogava no lixo.
15. Gertrude Stein
Ela encontrava inspiração em tarefas rotineiras, não importa onde ela estivesse. Por exemplo, ela poderia começar a escrever sentada no carro enquanto seu parceiro estava fazendo compras. As ruas lotadas de Paris e o trânsito a inspiravam bastante.
16. Vladimir Nabokov
Nabokov usava cartões para escrever seus trabalhos. Ele guardava tudo em uma caixa bem pequena e poderia rearranjá-los a qualquer momento. Isso permitia que Nabokov escrevesse fora de ordem. Ele também colocava alguns cartões embaixo do travesseiro caso alguma ideia surgisse de repente.
17. Jane Austen
Jane Austen era uma autora que se importava bastante com suas personagens. Ela gostava tanto, que imaginava o futuro das personagens mesmo depois de ter terminado um romance. O sobrinho de Austen escreveu em ‘Memórias de Jane Austen’: “Ela contava, se alguém perguntasse, vários detalhes e particularidades sobre o futuro de suas ‘criações'”.
18. Honoré de Balzac
Faulkner não era o único que gostava de beber enquanto escrevia. Balzac encontrava inspiração para escrever enquanto bebia café. Ele consumia cerca de 50 xícaras por dia. Curiosidade: estudos mostram que Balzac quase não dormiu enquanto escreveu A Comédia Humana. Obviamente, a razão seria o tanto de café que ele estava bebendo.
19. Arthur Conan Doyle
Apesar de criar um personagem tão lógico como Sherlock Holmes, o próprio Conan Doyle não era tão racionalista. Ele se dedicou ao espiritualismo após a morte de seu filho na Primeira Guerra Mundial e tentou até mesmo conversar com os mortos. Ele também acreditava que seu amigo Harry Houdini tinha poderes mágicos, não importa o quanto Houdini tentava provar o contrário.
20. Dan Brown
Brown acredita que a melhor cura para o bloqueio criativo é ficar de ponta cabeça. Ele disse que essa ‘terapia’ o ajuda a relaxar e se concentrar na escrita. Ele também deixa uma ampulheta em cima da mesa e larga o trabalho a cada hora para fazer alongamentos, flexões e outros exercícios físicos.
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Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos