*Atualizado em 13 de março de 2024
“Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas dágua, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.”
Depois dessa sinopse, com certeza já fiquei com vontade de ler A Garota no Trem, livro best-seller da autora Paula Hawkins. Como adoro livros desse estilo (curti bastante o Garota Exemplar, da Gillian Flynn), baixei o e-book no Kindle e já embarquei na leitura. O começo me agradou bastante, mas foi a partir da metade que o livro começou a se enroscar e perdeu completamente minha atenção.
Com uma história óbvia, A Garota no Trem enrola, enrola, enrola por pelo menos 100 páginas, algo que deveria ter se resolvido em vinte. Quando você finalmente espera aquele final mindfuck, espetacular e surpreendente, o livro joga na sua cara: “sim, era esse mesmo o final, não tem nenhuma surpresa, é isso mesmo”. Sei que esse livro foi o mais vendido ano passado (como comentei aqui no blog) e deve ter conquistado milhares de pessoas, mas me decepcionou bastante.
Eu gostei da premissa e até senti empatia pela protagonista Rachel, uma alcoólatra que viveu em um relacionamento tenebroso com um marido machista e infiel. Rachel a cada dia tenta se reinventar, mas é carregada para baixo por conta da depressão e do alcoolismo.
Os outros personagens são horríveis, até perdi a fé na humanidade. Mas ela, não! Rachel tem solução e carisma, mesmo cometendo muitos erros durante o desenrolar da história.
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Mas, infelizmente, a trama não é tão empolgante e tropeça em vários momentos, tornando-se enfadonha. Os acontecimentos deixam muito claro quem é o assassino e o psicopata da história. Eu gostei de a autora retratar os relacionamentos abusivos que estão em toda parte: Tom e Rachel, Scott e Megan, Tom e Anna, Megan e Mac.
O tema central do livro é com certeza o relacionamento em que a mulher se sente menosprezada, diminuída, enquanto os homens sempre levam a melhor. Porém, apesar de ser interessante – e bem importante – abordar essa temática, o livro falhou em trazer algo novo.
O filme conta com a Emily Blunt no papel principal. Quem já assistiu ao filme? Gostou? Deixa sua resposta nos comentários!
Nota:
Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos
Olha só como a leitura é interessante por ser a viagem literária imprevisível: Comecei a leitura do Garota no Trem cheio de preconceitos, achando que ia encontrar uma série de chavões e platitudes…. De fato encontrei um livro com algumas falhas estruturais e de desenvolvimento mas por outro lado um verdadeiro page-turner, acabei sentindo o oposto: o ritmo aumenta após umas 120 páginas…. Por outro lado, me pareceu que já foi concebido com a proposta de ser filmado!
Verdade! Já li vários livros que tive essa sensação de que foi escrito pra ser filmado! Mas realmente, pra mim foi o efeito contrário! Hehe
porque falhas estruturais?
amei mi ajudou a passar em portugues obg
Olha só como a leitura é interessante por ser a viagem literária imprevisível: Comecei a leitura do Garota no Trem cheio de preconceitos, achando que ia encontrar uma série de chavões e platitudes…. De fato encontrei um livro com algumas falhas estruturais e de desenvolvimento mas por outro lado um verdadeiro page-turner, acabei sentindo o oposto: o ritmo aumenta após umas 120 páginas…. Por outro lado, me pareceu que já foi concebido com a proposta de ser filmado!
Verdade! Já li vários livros que tive essa sensação de que foi escrito pra ser filmado! Mas realmente, pra mim foi o efeito contrário! Hehe
porque falhas estruturais?
amei mi ajudou a passar em portugues obg