*Atualizado em 5 de abril de 2024
Minha expectativa com A Mulher Perfeita é Uma Vaca era a melhor possível. Talvez, por isso, tenha ficado tão decepcionada! Esperava algo na linha que o próprio subtítulo propõe: Guia de sobrevivência para mulheres normais, ou seja: você não precisa de encaixar em nenhum padrão, já que a mulher ideal existe apenas na nossa cabeça. Mas o livro é beeem diferente disso.
Não faz o menor sentido atacar algo que você não acredita, certo? Exemplo, se eu não acredito no Coelho da Páscoa, não vou dedicar à escrita de um livro inteiro sobre ele e, principalmente, passar hoooras atacando-o. Pois é. Achei sem sentido. E grosseiro. Foram pouquíssimas as vezes que realmente me identifiquei com as autoras, geralmente em partes mais amenas do livro.
A verdade é que não me dou muito bem com guias – com algumas exceções, pois não gosto muito da fórmula “faça tal coisa, seja de tal forma”. Geralmente livros com esse tipo de conteúdo tendem a ser mais engessados. É o caso, por exemplo, de outras leituras como A Parisiense, e Como Ser uma Parisiense em Qualquer Lugar do Mundo. Livros que também não indico.
Poxa, temos um caminho tão grande até a real sororidade! Livros assim simplesmente não ajudam em nada: colocam na cabeça da mulher “normal” que a mulher “perfeita” deve ser combatida. E não, esse não é o caminho: as mulheres (todas) devem ser admiradas e copiadas por seus pontos fortes e não invejadas ou diminuídas, principalmente por outras mulheres!
O livro pode até ter sido escrito com o DESEJO de ser algo engraçado. Mas, infelizmente – no meu ponto de vista – acabou se tornando o puro ~creme do chorume~ que estamos acostumados a ver diariamente nas redes sociais.
Confira abaixo algumas fotos de trechos (absurdos!) do livro:
O ERRO: Posso começar a frase que eu quiser, do jeito que eu quiser.
O ERRO: Posso usar a roupa / acessório que eu quiser, e isso não diz respeito a ninguém a não ser eu mesma.
O ERRO: PARA DE CAGAR REGRA, POR FAVOOOR!!! Resumindo: A Mulher Perfeita é uma Vaca é na verdade um erro atrás do outro.
* Esse produto foi um brinde, porém, as informações contidas nesse post expressam as ideias da autora.
Nota:
Melissa Ladeia Schiewaldt é jornalista, especialista em Marketing Digital e tem MBA em Gestão de Projetos.
Essas “escritoras” deveriam ser punidas, pelo menos com a devolução, por parte da livraria, da quantia paga pelo “livro que o gato enterra”. Seria o mais justo.