*Atualizado em 25 de março de 2024
Comecei a ler o livro Não me Faça Pensar, de Steve Krug, para a minha pesquisa do mestrado e confesso que me apaixonei! Sempre tive vontade de estudar usabilidade, UX (user experience, ou experiência do usuário) e um pouco de web design.
Não me Faça Pensar já se tornou um livro clássico para quem deseja estudar mais sobre o tema, que, por sinal, é muito pertinente e deveria ser leitura obrigatória para designers, desenvolvedores e até empresários e profissionais do campo do marketing/comunicação.
O título Não me Faça Pensar já diz muito sobre a teoria de Krug: o usuário não deve pensar muito na hora de usar seu produto ou interface, ele deve ser fácil e simples de entender, SEMPRE!
Quando examino uma página web, ela deve ser evidente por si só, autoexplicativa, tanto quanto humanamente impossível. Eu devo ser capaz de entendê-la – o que é e como usá-la – sem ter de me esforçar para isso. (p.9)
Durante todo o livro, Krug dá exemplos de páginas da web que foram bem pensadas e também de elementos frustrantes que levam muitas pessoas a abandonar determinado site ou aplicativo. Um simples botão fora de lugar, um logotipo mal inserido ou até uma caixa de pesquisa que “flutua” na página, fazem toda a diferença na hora de criar uma interface autoexplicativa e funcional.
Se não está claro para mim à primeira vista, o resto da interpretação será ainda mais difícil, e as chances de eu me frustrar ou entender algo errado são bem grandes. Se eu, entretanto, entender “de primeira”, estou muito mais propenso a interpretar corretamente tudo que eu vir na página, o que aumenta e muito minhas chances de ter uma experiência agradável e bem-sucedida. (p.87)
Para comprar o livro Não me Faça Pensar, é só acessar o link abaixo:
Além de exemplos práticos, o autor durante todo o livro explica conceitos de usabilidade, ensina a conduzir testes práticos, aponta as principais dificuldades em empresas, relata sua experiência como consultor de UX e comenta diversos fatores que fazem diferentes sites e aplicativos funcionarem ou não. Tudo sempre com bom-humor, referências fáceis de compreender e dicas úteis.
Alguns vão ler e pensar “nossa, mas isso tudo é tão óbvio”. Parece, mas não é. Se formos analisar a quantidade de sites que fazem um péssimo trabalho – e com isso levam as pessoas a cansarem de buscar aquilo que desejam encontrar – encontraremos um zilhão de exemplos. Quantas vezes você já não se frustrou ao abrir um site e…
- Encontrar um monte de propagandas, janelinhas pop-up e botões confusos de ‘download’ para todos os lados?
- Tentou encontrar uma notícia recente em um site de uma companhia aérea ou de algum outro serviço e não encontrou nada?
- Já clicou em um link e foi redirecionado para outra página, como a home, por exemplo?
- Não encontrou o botão ‘pesquisar’ ou não achou uma informação de contato da empresa, por exemplo?
Com certeza todos já passamos por perrengues e desistimos de algum site por conta de sua interface confusa. E esse livro ensina exatamente como fugir dessas enrascadas.
O que realmente importa não é o número de cliques necessários para se chegar a algum lugar (embora existam limites), mas sim o quão difícil cada clique é – a quantidade de pensamento que demanda e o grau de incerteza sobre estar ou não fazendo a escolha certa. (p.41)
Ou seja: esse é um livro-chave para qualquer pessoa que goste de UX e deseja se aprofundar sobre o assunto. Recomendadíssimo!
Nota:
Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos