Resenhas  |  14.01.2016

Resenha: Drácula – Bram Stoker

*Atualizado em 13 de março de 2024

Eis a resenha do primeiro livro finalizado em 2016: Drácula, de Bram Stoker.

O livro é composto por cartas, diários, notícias de jornais e correspondências de diversos tipos. Durante as mais de 600 páginas, acompanhamos a história de Lucy, Mina, Jonathan, Van Helsing, Arthur, Quincey e Dr. Seward, além, é claro, Conde Drácula.

Muitos pontos de vista diferentes relatam a trajetória desse grupo tentando acabar com o vampiro, que durante à noite invade o quarto das mocinhas para sugar seu sangue.

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FOTO: Isabela Zamboni | Resenhas à la Carte

O começo do livro é bem interessante: acompanhamos Jonathan a caminho do castelo do Drácula, na Transilvânia. Toda a trajetória é obscura, misteriosa e, junto com o personagem, não fazemos ideia do que está prestes a acontecer.

Chegando a seu destino, Jonathan aos poucos percebe que tornou-se um prisioneiro e que o respeitável Conde Drácula não é o que parece ser. Muitos momentos de tensão deixam o livro divertido e instigante, o que fez eu me apaixonar pela leitura e devorar as primeiras 200 páginas da obra de Stoker.

As descrições são tão realistas que ao buscar no Google os locais descritos pelo autor, eram exatamente como eu havia imaginado. O clima sombrio, a paisagem obscura e repleta de neblina, névoas e tempestades, transformam o livro em um verdadeiro terror.

Aos poucos, vamos desvendando o mistério do vampiro e conhecendo suas principais características, tão comuns hoje no imaginário popular. Estaca de madeira no peito, alho, hóstia sagrada, cruz, luz do sol… Inúmeras formas de acabar com o monstro que todos já conhecem.

A obra de Bram Stoker contém muitos “recados” nas entrelinhas, mostrando sutilmente o teor erótico dos monstros que sugam sangue de suas vítimas. Em uma época permeada pelos “bons costumes cristãos”, a população emanava o medo de sucumbir aos seus desejos mais íntimos.

Diversos trechos do livro apontam para certos preconceitos de Stoker (como quando descreve o povo eslovaco, os ciganos e até norte-americanos) e a amabilidade exagerada das mulheres: Mina e Lucy são endeusadas a um ponto que chega a irritar.

Em certo momento do livro, fica complicado de continuar a leitura com a mesma empolgação do início. Há muita prolixidade na escrita de Stoker e a leitura não flui. Sofri muito para conseguir terminar, porque o livro se delonga em alguns trechos que não acrescentam nada à história. Por se tratar de um livro do romantismo, da época vitoriana, a linguagem utilizada pelo autor é rebuscada e cansativa. É preciso ter paciência e compreender o contexto histórico da época para absorver o livro e não ter vontade de pular algumas páginas.

A edição da Penguin que eu li é bem completinha. Contém um número considerável de notas de rodapé e uma introdução excelente, com uma pequena biografia do autor e alguns ensaios sobre a era vitoriana, o contexto histórico e os motivos que levaram Stoker a escrever Drácula.

Para comprar o livro, é só clicar no link abaixo:

Engraçado que Frankenstein, um livro da mesma época, me cativou bem mais do que Drácula  considero que Mary Shelley fez um trabalho mais competente com sua narrativa de terror. Mas nada disso tira o mérito de um clássico como Drácula, que deve ser lido por todos os fãs da literatura universal.

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7 Comentários “Resenha: Drácula – Bram Stoker”
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  1. Ana Lúcia Santana      19 nov 2019 // 02H37

    É meio desanimador mergulhar em um livro tão longo e com um autor tão prolixo! Acaba não cativando o leitor. Mesmo sendo um clássico.

    • Isabela Zamboni      19 nov 2019 // 02H44

      É meio desanimador, né? Até pensei em largar em alguns momentos.. Mas algumas partes compensam esse fato! Hehe 🙂

      • Paulo Rezende Ribeiro Filho      19 nov 2019 // 05H01

        Livro espetacular e resenha muito boa, parabéns!

  2. Ana Lúcia Santana      17 jan 2016 // 07H25

    É meio desanimador mergulhar em um livro tão longo e com um autor tão prolixo! Acaba não cativando o leitor. Mesmo sendo um clássico.

    • Isabela Zamboni      17 jan 2016 // 07H39

      É meio desanimador, né? Até pensei em largar em alguns momentos.. Mas algumas partes compensam esse fato! Hehe 🙂

      • Paulo Rezende Ribeiro Filho      11 mar 2019 // 09H49

        Livro espetacular e resenha muito boa, parabéns!

        • Isabela Zamboni      11 mar 2019 // 11H51

          Obrigada Paulo!