*Atualizado em 14 de março de 2024
Sobre a Escrita é um daqueles livros que eu não queria que acabasse! Fazia tanto tempo que eu não lia um livro assim, num estouro, morrendo de vontade de chegar em casa e continuar.
E o mais engraçado é que não é um livro de ficção (meu gênero favorito), mas uma minibiografia do autor Stephen King, que deu dicas valiosas para quem quer ser escritor.
Eu sempre sonhei em ser escritora (quem sabe um dia), mas nunca tive o ímpeto de colocar as personagens no papel. Esse livro me fez ter vontade de começar: ele fornece dicas preciosas para quem sonha em escrever melhor e criar histórias consistentes.
O livro é dividido em partes: na primeira, conhecemos um pouco da vida do Stephen King e tudo o que ele passou até conseguir se tornar um autor famoso.
Conhecemos a infância, a adolescência, os problemas financeiros, as amizades, os estudos, amores, enfim, um resumão da vida do autor. Eu achei bom porque ele conta até as partes difíceis de sua vida: a luta contra o alcoolismo e a cocaína, os problemas que teve a partir disso e as dificuldades de conseguir sobreviver trabalhando em uma lavanderia com uma família para sustentar.
“A boa escrita costuma vir ao deixarmos o medo e a afetação de lado. A própria afetação, que começa com a necessidade de definir certos tipos de escrita como “bons” e outros como “ruins”, é um reflexo do medo.”
Depois de conhecer a vida de Stephen, chega a segunda parte do livro: as dicas para escritores iniciantes. O que eu mais gostei é que ele separa por temas: fala sobre gramática, explica sobre construção de frases, cita autores famosos (bons e ruins) para exemplificar suas ideias.
Depois fala sobre temática, gênero, ritmo, substância, o mercado editorial, o reconhecimento, como colocar suas ideias no papel, entre tantas outras informações. Eu fiquei encantada com o livro, nunca tinha lido algo parecido: um autor tão honesto e tão sincero com seus leitores.
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Stephen King deixa claro que ele não é um escritor clássico e nem se preocupa em ser um Dickens ou Poe. O que ele realmente gosta é de contar histórias e isso, não há como negar, ele sabe fazer muito bem. King rebate as críticas dos cult chatos que dizem que o que ele escreve não é bom.
Porém, ele consegue mostrar que realmente sabe do assunto e nada mais gostoso do que ler alguém que está se abrindo com a maior honestidade possível.
O ritmo da leitura flui muito rápido e em poucas páginas conseguimos absorver bastante informação. É claro que algumas coisas não fazem parte da realidade brasileira: ele dá dicas gramaticais da língua inglesa, comenta o mercado editorial nos Estados Unidos da década de 90, entre outras coisas que não se encaixam no contexto atual. Mas ainda assim, é uma lição pra vida: e se você tem vontade de escrever um livro, esse é um ótimo começo.
“Escreva com a porta fechada, reescreva com a porta aberta. Em outras palavras, você começa escrevendo algo só seu, mas depois o texto precisa ir para a rua. Assim que você descobre qual é a história e consegue contá-la direito – tanto quanto você for capaz -, ela passa a pertencer a quem quiser ler.”
Gostei tanto da leitura que acabei comprando outros livros sobre a escrita! Para quem sonha em ser escritor, ou até mesmo deseja escrever uma história sólida, é uma obra imprescindível.
Nota:
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Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos