Resenhas  |  16.02.2017

Resenha: As Virgens Suicidas – Jeffrey Eugenides

*Atualizado em 18 de março de 2024

As Virgens Suicidas foi um daqueles casos em que assisti ao filme primeiro. Porém, como vi o filme de Sofia Coppola há alguns anos, resolvi começar o livro do autor Jeffrey Eugenides agora, depois de “esquecer” a história.

E o resultado é gratificante: essa obra da literatura norte-americana contemporânea é fantástica!

Resenha: As Virgens Suicidas - Jeffrey Eugenides
Foto: Isabela Zamboni/Resenhas à La Carte

Não vou dizer que foi uma leitura rápida e prazerosa. Não porque o livro é ruim – longe disso – mas porque a carga emocional da história é grande.

O título já deixa bem claro o que acontece no livro: um grupo de meninas de uma pequena cidade norte-americana se suicida. Elas são todas irmãs e, por conta da repressão dos pais, acabam tirando a própria vida. Isso já é contado desde o comecinho do livro, portanto, não é um spoiler.

A história das irmãs Lisbon é contada pelo ponto de vista de vários garotos, que são vizinhos das meninas. O interessante mesmo é o papel do narrador no livro de Eugenides: não sabemos exatamente qual dos garotos que narra ou quem ele é, ou seja, o narrador é um coro, diversas vozes narrativas englobadas em uma só.

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Resenha: As Virgens Suicidas - Jeffrey Eugenides

A mãe das garotas era muito rígida, religiosa e superprotetora. O pai, o Sr. Lisbon, é professor de matemática e segue as regras impostas pela Sra. Lisbon. Isso significa que as meninas praticamente não saem de casa, não se relacionam com pessoas que a mãe não autoriza, não podem usar as roupas que têm vontade e, principalmente, são privadas de uma juventude cheia de descobertas.

O tom do livro é melancólico e ao mesmo tempo, recheado de lirismo. O autor consegue conduzir a narrativa de uma maneira suave, mesmo tratando de um tema tão pesado.

As Virgens Suicidas é um deleite: cada vez mais queremos conhecer a vida das garotas Lisbon, entender a obsessão dos garotos por elas e, principalmente, entender por que aquelas meninas se suicidaram.

Além da história de cada garota, também somos apresentados a personagens que faziam parte do subúrbio em que a família Lisbon morava.

Conhecemos garotos que se relacionaram com as meninas; vizinhos que ficaram mortificados com a história da família; durante a história conferimos relatos de professores, policiais, psicólogos e diferentes pessoas que viveram durante o período do suicídio; entre tantos outros personagens secundários que dão sustância à história.

Resenha: As Virgens Suicidas - Jeffrey Eugenides
Foto: Isabela Zamboni/Resenhas à La Carte

Apesar de a sensação de tristeza constante – eu me sentia bem mal durante algumas partes do livro – As Virgens Suicidas é um livro complexo e também bem importante.

Não apenas vemos as garotas Lisbon pelo ponto de vista de garotos, mas também acompanhamos uma parte essencial da história norte-americana na década de 70. É um livro fenomenal e pode ter certeza que serão 232 páginas que marcarão um pedacinho da sua vida.

Nota: EstrelaEstrelaEstrelaEstrelaEstrela

 

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4 Comentários “Resenha: As Virgens Suicidas – Jeffrey Eugenides”
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  1. Giane Carminato      19 nov 2019 // 02H17

    Isa, o Jeffrey Eugenides é um autor que deve ser exaltado. Leia a primeira obra dele- Middlesex- que trata de questões de gênero relacionadas aos hermafroditas; além disso, essa obra ganhou o Pullitzer em 2003!

    • Isabela Zamboni      19 nov 2019 // 04H38

      Merece mesmo, Virgens Suicidas é arrebatador! Vou ler Middlesex ainda, está na lista! Hahaa <3

  2. Giane Carminato      09 jul 2018 // 07H55

    Isa, o Jeffrey Eugenides é um autor que deve ser exaltado. Leia a primeira obra dele- Middlesex- que trata de questões de gênero relacionadas aos hermafroditas; além disso, essa obra ganhou o Pullitzer em 2003!

    • Isabela Zamboni      09 jul 2018 // 08H11

      Merece mesmo, Virgens Suicidas é arrebatador! Vou ler Middlesex ainda, está na lista! Hahaa <3