*Atualizado em 18 de março de 2024
As Virgens Suicidas foi um daqueles casos em que assisti ao filme primeiro. Porém, como vi o filme de Sofia Coppola há alguns anos, resolvi começar o livro do autor Jeffrey Eugenides agora, depois de “esquecer” a história.
E o resultado é gratificante: essa obra da literatura norte-americana contemporânea é fantástica!
Não vou dizer que foi uma leitura rápida e prazerosa. Não porque o livro é ruim – longe disso – mas porque a carga emocional da história é grande.
O título já deixa bem claro o que acontece no livro: um grupo de meninas de uma pequena cidade norte-americana se suicida. Elas são todas irmãs e, por conta da repressão dos pais, acabam tirando a própria vida. Isso já é contado desde o comecinho do livro, portanto, não é um spoiler.
A história das irmãs Lisbon é contada pelo ponto de vista de vários garotos, que são vizinhos das meninas. O interessante mesmo é o papel do narrador no livro de Eugenides: não sabemos exatamente qual dos garotos que narra ou quem ele é, ou seja, o narrador é um coro, diversas vozes narrativas englobadas em uma só.
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A mãe das garotas era muito rígida, religiosa e superprotetora. O pai, o Sr. Lisbon, é professor de matemática e segue as regras impostas pela Sra. Lisbon. Isso significa que as meninas praticamente não saem de casa, não se relacionam com pessoas que a mãe não autoriza, não podem usar as roupas que têm vontade e, principalmente, são privadas de uma juventude cheia de descobertas.
O tom do livro é melancólico e ao mesmo tempo, recheado de lirismo. O autor consegue conduzir a narrativa de uma maneira suave, mesmo tratando de um tema tão pesado.
As Virgens Suicidas é um deleite: cada vez mais queremos conhecer a vida das garotas Lisbon, entender a obsessão dos garotos por elas e, principalmente, entender por que aquelas meninas se suicidaram.
Além da história de cada garota, também somos apresentados a personagens que faziam parte do subúrbio em que a família Lisbon morava.
Conhecemos garotos que se relacionaram com as meninas; vizinhos que ficaram mortificados com a história da família; durante a história conferimos relatos de professores, policiais, psicólogos e diferentes pessoas que viveram durante o período do suicídio; entre tantos outros personagens secundários que dão sustância à história.
Apesar de a sensação de tristeza constante – eu me sentia bem mal durante algumas partes do livro – As Virgens Suicidas é um livro complexo e também bem importante.
Não apenas vemos as garotas Lisbon pelo ponto de vista de garotos, mas também acompanhamos uma parte essencial da história norte-americana na década de 70. É um livro fenomenal e pode ter certeza que serão 232 páginas que marcarão um pedacinho da sua vida.
Nota:
Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos
Isa, o Jeffrey Eugenides é um autor que deve ser exaltado. Leia a primeira obra dele- Middlesex- que trata de questões de gênero relacionadas aos hermafroditas; além disso, essa obra ganhou o Pullitzer em 2003!
Merece mesmo, Virgens Suicidas é arrebatador! Vou ler Middlesex ainda, está na lista! Hahaa <3
Isa, o Jeffrey Eugenides é um autor que deve ser exaltado. Leia a primeira obra dele- Middlesex- que trata de questões de gênero relacionadas aos hermafroditas; além disso, essa obra ganhou o Pullitzer em 2003!
Merece mesmo, Virgens Suicidas é arrebatador! Vou ler Middlesex ainda, está na lista! Hahaa <3