*Atualizado em 5 de abril de 2024
O livro de Gregorio Duvivier é uma verdadeira farofa: fala sobre amor (e sua paixão pela ex-mulher, Clarice Falcão), família (os natais na fazenda do avô, a dificuldade de ver seus pais se separando, a doença do irmão…), leva o leitor a pensar sobre política (de uma forma não-caga-regra), religião, sexismo e muitos outros “temperos”, sejam eles ácidos ou doces. Put Some Farofa é, ao mesmo tempo, genérico, intimista, humorístico, crítico, fictício, real, simples, denso, sutil e extraordinário. Uma mistureba que dá certo.
É engraçado vê-lo sendo fanboy de Millôr Fernandes, sendo amigo-platônico de Antônio Prata, e absurdamente louco pelos comediantes de Monty Python. Ao final, não tem como fechar o livro e não sentir tudo isso, junto-e-misturado, em relação a Gregorio.
Alguns dos melhores esquetes do canal Porta dos Fundos também foram criados por ele. Entre os meus preferidos (dentre os expostos no livro) estão “Drédito”, “Áries” e “Crossfit Consciente”. Um deles aqui:
Booktrailer do livro:
A interpretação do texto também é um ponto fantástico. Uma das ações de marketing da Editora Companhia das Letras foi convidar o autor para ler uma das crônicas do livro. A forma que Gregorio faz isso é fenomenal! Confiram:
Gregorio não tem medo de ousar, de se expor, de dizer o que pensa, e isso acaba transformando o livro em algo híbrido: contos que muitas vezes tornam-se biográficos. Algumas ficções tão reais que poderiam acontecer com você.
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Apesar de o livro reunir textos que já foram publicados (em sua coluna semanal na Folha ou em vídeos do Porta dos Fundos, por exemplo), alguns são inéditos. Vale a pena conhecer um pouco mais do trabalho desse talentoso artista que ainda tem muitas misturas com um delicioso tempero brasileiro para nos servir.
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Melissa Ladeia Schiewaldt é jornalista, especialista em Marketing Digital e tem MBA em Gestão de Projetos.