Resenhas  |  04.02.2019

Resenha: O Último Dia – Tiago Villela

*Atualizado em 25 de outubro de 2020

O Último Dia, do autor Tiago Villela, conta a história de Daniel, funcionário exemplar de uma grande empresa que trabalha com redes sociais (similar ao Facebook), mas que está cansado da obsessão coletiva das pessoas ao se expor na internet.

Resenha: O Último Dia - T. Villela

Foto: Isabela Zamboni/Resenhas à la Carte

A narrativa é fracionada, não traz apenas uma única linha temporal: o autor mistura memórias do personagem – infância, dissabores, nostalgia – com os acontecimentos recentes.

Daniel tem um irmão – Mario – prodígio e conhecido por ter problemas de comportamento. Mario trabalha em uma grande empresa bioquímica que tem planos perigosos para os seres humanos. Não vou entrar em detalhes para não perder a graça, mas são substâncias químicas que podem transformar uma pessoa geneticamente.

Este convence o irmão a se rebelar contra o monopólio da corporação, e Daniel tenta encontrar “através da palavras a real motivação que o leva a arriscar a própria liberdade, enquanto memórias do passado o obrigam a relembrar a infância nômade e a falta que sente da menina que fez o ruído do mundo desaparecer”, como diz a sinopse do livro.

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Daniel é um personagem complexo: ao mesmo tempo em que é sociável, querido por muitos, inteligente e bem-sucedido, também sofre com essas mesmas características. Ele acaba julgando demais as pessoas e até mesmo deixa isso claro com passagens como “eu sei que preciso parar de reclamar, estou tentando melhorar”. No entanto, por trás dessa “casca”, é um homem nostálgico, sensível e tenta ao máximo ajudar o irmão a desmascarar a grande corporação que pode destruir vidas.

Resenha: O Último Dia - T. Villela
Foto: Isabela Zamboni/Resenhas à la Carte

Ao mesmo tempo em que O Último Dia é uma aventura, muitas passagens trazem pensamentos e reflexões sobre a sociedade em que vivemos. Essa necessidade de aceitação e carência excessiva das pessoas, além da obsessão coletiva por prolongar a juventude com a ajuda da tecnologia, transformou as relações interpessoais e continua se modificando.

O autor também traz referências a ícones do cinema – como Truffaut e Bergman – e livros famosos, como é o caso de Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger. Ótima surpresa, já que demonstra bom gosto do autor!

O Último Dia á uma fusão de temas: se você gosta de mistério, aventura e reflexões acerca da tecnologia, esse livro é pra você! 🙂

* Esse post é um publieditorial.

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