Listas  |  09.01.2024

35 livros clássicos da literatura brasileira para ler já!

Nós aqui do Resenhas amamos listas! E claro que os livros clássicos da literatura brasileira não poderiam faltar. Nossa cultura é muito rica, com obras de altíssima qualidade e autores de primeira linha.

Nunca é fácil escolher os livros principais, mas tentamos ao máximo sintetizar as obras literárias importantes para a nossa história. Confira a seguir nossa seleção de 35 obras essenciais.

livros clássicos da literatura brasileira

1. O Cortiço – Aluísio Azevedo

Publicado em 1890, O Cortiço põe olhos sobre os marginalizados: lavadeiras, trabalhadores braçais, malandros e viúvas pobres. Esses tipos são guiados pelos instintos, vícios e sexo, determinados pelo meio miserável em que vivem.

O olhar darwinista de Aluísio Azevedo posicionou o romance como a expressão máxima do Naturalismo na literatura brasileira. O Cortiço é um retrato das mazelas sociais que atingiam a capital do Império, sob a visão cientificista de um escritor que levou ao extremo a estética realista da época.

Uma obra que continua atual, tanto em sua temática quanto em sua linguagem.

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2. Noite na Taverna – Álvares de Azevedo

Resenha: Noite na Taverna - Álvares de Azevedo
Foto: Melissa Marques | Resenhas à la Carte

Certa noite, um grupo de jovens se reúne em uma taverna. Durante a conversa, enquanto se embriagam de vinho, decidem revelar uns aos outros experiências marcantes e inusitadas que viveram no passado, cujas consequências ainda lhes perseguem.

A narrativa se estrutura de modo que os relatos dos personagens podem ser lidos de maneira independente, não obstante interligarem-se entre si. Histórias macabras, de forte influência byroniana, compõem a narrativa de Noite na Taverna.

Temas como amor e morte, o sublime e o grotesco, a juventude sem futuro e a dicotomia entre sonho e realidade, constantes em Álvares de Azevedo, são levados às últimas consequências.

Tem resenha do livro aqui!

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3. A Paixão Segundo G.H. – Clarice Lispector

Romance original, desprovido das características próprias do gênero, A Paixão Segundo G.H. conta, através de um enredo banal, o pensar e o sentir de G.H., a protagonista-narradora que despede a empregada doméstica e decide fazer uma limpeza geral no quarto de serviço, que ela supõe imundo e repleto de inutilidades.

Após recuperar-se da frustração de ter encontrado um quarto limpo e arrumado, G.H. depara-se com uma barata na porta do armário. Depois do susto, ela esmaga o inseto e decide provar seu interior branco, processando-se, então, uma revelação. G.H. sai de sua rotina civilizada e lança-se para fora do humano, reconstruindo-se a partir desse episódio. A protagonista vê sua condição de dona de casa e mãe como uma selvagem.

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4. A Rosa do Povo – Carlos Drummond de Andrade

Publicado em 1945, A Rosa do Povo é o livro politicamente mais explícito de Drummond. É um poderoso olhar sobre a Segunda Guerra, a cisão ideológica, a vida nas cidades, o amor e a morte. Tudo isso é observado a partir daquela que então era a capital do país.

Com sua beleza e profundidade, A Rosa do Povo traz um Drummond de vasto escopo temático. A personalidade do poeta, a família, o cotidiano e a História comparecem com inaudita força neste livro. Trata-se de um testemunho de suas ideias e afetos num momento da vida em que experimentava a maturidade e já começava a olhar para o passado enquanto captava, como poucos autores, os sinais confusos de seu próprio tempo.

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5. Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles

Os poemas reunidos em Romanceiro da Inconfidência – cada qual com vida própria – formam um longo e único poema, lírico e épico ao mesmo tempo em que conta a história de Tiradentes, o mártir da Inconfidência Mineira.

Elaborado por meio de uma profunda pesquisa, a conspiração revolucionária de poetas é recriada com maestria pela imensa poeta Cecília Meireles.

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6. O Pagador de Promessas – Dias Gomes

Um homem vai do interior da Bahia até Salvador, carregando uma cruz, com um objetivo: agradecer a Santa Bárbara pela recuperação do animal que lhe dá sustento. Ao chegar à cidade grande, Zé-do-Burro fica perdido, mas a obstinação de cumprir a promessa o faz enfrentar os obstáculos.

Estrangeiro em seu próprio país, ele vem de um lugar distante da disputa de poder na qual passa a se ver envolvido. O livro O Pagador de Promessas revela a tragédia de um sujeito que não compreende os códigos e poderes do mundo em que vive e faz uma crítica à opressão do homem.

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7. Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto

Como tantos anti-heróis, Policarpo traz de nascença a marca do destino: seu “triste fim” já está no nome, a Quaresma, intermezzo do carnaval e da paixão de Cristo.

Ao longo de toda narrativa de Triste Fim de Policarpo Quaresma, quem lhe faz contraponto é Ricardo “Coração dos outros”, a seu lado desde a alegria do momento inicial – as aulas de violão em domicílio – até a desdita da morte anunciada.

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8. O Tempo e o Vento – Erico Verissimo

O Continente abre a mais famosa saga da literatura brasileira, O Tempo e o Vento. A trilogia ― formada por O Continente, O retrato e O arquipélago ― percorre um século e meio da história do Rio Grande do Sul e do Brasil, acompanhando a formação da família Terra Cambará.

Num constante ir e vir entre o passado ― as Missões, a fundação do povoado de Santa Fé ― e o tempo do Sobrado sitiado pelas forças federalistas, em 1895, desfilam personagens fascinantes, eternamente vivos na imaginação dos leitores de Erico Verissimo: o enigmático Pedro Missioneiro, a corajosa Ana Terra, o intrépido e sedutor Capitão Rodrigo, a tenaz Bibiana.

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9. Os Sertões – Euclides da Cunha

Publicado pela primeira vez em 1902, Os Sertões, de Euclides da Cunha, é um retrato do Brasil da época. A obra trata da Guerra de Canudos que aconteceu no interior da Bahia. O autor, que era correspondente do jornal O Estado de São Paulo, presenciou parte dos acontecimentos na região e os descreveu de forma fiel.

Além de desenvolver um romance histórico que mistura uma narrativa literária, sociológica e geográfica. Euclides da Cunha nos deixa uma obra que se baseia em três pilares: a terra, o homem e a luta.

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10. Poema Sujo – Ferreira Gullar

Publicado originalmente em 1976, Poema Sujo transformou a paisagem da poesia brasileira com sua torrente arrebatadora de versos, expressão máxima de uma subjetividade convulsa pela atmosfera sufocante da ditadura. O poema foi escrito na Argentina, onde o autor se encontrava exilado.

“Sentia-me dentro de um cerco que se fechava. Decidi, então, escrever um poema que fosse o meu testemunho final, antes que me calassem para sempre”, escreveu Gullar. “Imaginei que poderia vomitar, em escrita automática, sem ordem discursiva, a massa da experiência vivida – lançar o passado em golfadas sobre o papel e, a partir desse magma, construir o poema que encerraria a minha aventura biográfica e literária.” Quarenta anos depois, o poema continua atual como nunca.

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11. Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida

Manuel Antônio de Almeida rompeu o ciclo de heróis e heroínas e suas aventuras amorosas para narrar o cotidiano das classes populares, suas desventuras e seu anti-herói por excelência: o malandro. Leonardo, seu protagonista, nada tem em comum com os heróis românticos da época.

Desde muito cedo deu as costas para a vida acadêmica e religiosa para desfrutar do ócio. Não sofre remorsos nem dores de amor, e quando é feito sargento se identifica mais com a malandragem do que com as forças da ordem.

Com sua narrativa centrada nos homens livres, mas despossuídos, do Brasil dos tempos de d. João VI, Memórias de um Sargento de Milícias oferece um panorama cômico e precioso do modo de vida e da moralidade incrivelmente adaptável de um país ainda em construção.

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12. Vidas Secas – Graciliano Ramos

Lançado originalmente em 1938, Vidas Secas acompanha a trajetória da família de Fabiano, Sinha Vitória, os dois filhos do casal e a cachorra Baleia na fuga do sertão em busca de oportunidades.

É o romance em que Graciliano alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa: o que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.

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13. Poemas Escolhidos – Gregório de Matos

Gregório de Matos é, historicamente, o primeiro grande poeta do Brasil.

Sua obra, talvez a mais importante produzida pelo Barroco poético nas Américas portuguesa e espanhola, conserva ainda hoje grande parte de seu interesse, por força, sobretudo, da agudeza e do vigor com que o poeta soube fixar satiricamente, numa linguagem vivaz que já deixa transparecer o gênio local na exploração de sonoridades africanas e tupis e que, na sua mordacidade feroz, não recua nem diante da pornografia, a dissolução de costumes da Bahia do século XVIII.

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14. O Grande Sertão: Veredas – Guimarães Rosa

35 livros clássicos da literatura brasileira para ler já!
Foto: Isabela Zamboni | Resenhas à la Carte

Publicado originalmente em 1956, Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, revolucionou o cânone brasileiro e segue despertando o interesse de renovadas gerações de leitores. Ao atribuir ao sertão mineiro sua dimensão universal, a obra é um mergulho profundo na alma humana, capaz de retratar o amor, o sofrimento, a força, a violência e a alegria.

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15. Morte e Vida Severina – João Cabral de Melo Neto

Um dos poemas mais populares de João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina dá voz aos retirantes nordestinos e ao rio Capibaripe, em cenas fortes e contundentes.

Clara crítica social, o autor descreve a viagem de um sertanejo chamado Severino, que sai de sua terra natal em busca de melhores condições de vida. Durante a jornada, Severino se encontra tantas vezes com a Morte que, desiludido e impotente, percebe que a luta é inútil ― como ele, tantos outros severinos padecem com a miséria e o abandono.

Apenas o nascimento de um bebê, uma criança-severina, renova as esperanças e o espírito cansado daquele que já não tinha motivos para continuar a viver.

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16. Antologia Poética – Mario Quintana

Publicada originalmente em 1981, Antologia poética apresenta uma seleção do próprio Mario Quintana, que optou por uma divisão temática de seus poemas.

Estão presentes os motivos mais emblemáticos do poeta: o humor, o despojamento, o devaneio, o sobrenatural, a infância, o cotidiano. O conjunto forma um curso prático não só da poesia de Quintana, mas da poesia moderna como um todo, naquilo que ela tem de mais característico: o lirismo intimista e o verso livre.

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17. A Moreninha – Joaquim Manuel de Macedo

Augusto, um jovem estudante de medicina, era fiel a um juramento de amor feito na infância. No entanto, ao conhecer a linda moreninha, irmã de seu amigo Filipe, em um feriado na ilha de Paquetá, seu juramento ficou ameaçado. Um novo amor estava despertando em seu coração.

A Moreninha é um romance de costumes e remete ao comportamento da aristocracia burguesa em ascensão do Brasil do século XIX.

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18. Gabriela, Cravo e Canela – Jorge Amado

O romance entre o sírio Nacib e a mulata Gabriela, um dos mais sedutores personagens femininos criados por Jorge Amado, tem como pano de fundo, em meados dos anos 1920, a luta pela modernização de Ilhéus, em desenvolvimento graças às exportações do cacau.

Com sua sensualidade inocente, Gabriela não apenas conquista o coração de Nacib como também seduz um sem-número de homens ilheenses, colocando em xeque a lei que exigia que a desonra do adultério feminino fosse lavada com sangue.

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19. Invenção de Orfeu – Jorge de Lima

Considerado um dos grandes poemas da língua portuguesa, Invenção de Orfeu percorre um incomparável universo de imagens e sons.

Nesta obra, Jorge de Lima criou, com o máximo de riqueza lírica e humana, o registro épico da nossa brasilidade. Para isso, explorou todas as vertentes formais da criação poética, tanto as que ele já havia realizado em seus livros anteriores quanto as da própria tradição literária nacional e ocidental.

Jorge de Lima mescla o popular e o erudito, o clássico e o surrealista, a mitologia e o catolicismo, sem nunca perder de vista a dimensão humana, sobretudo em relação ao problema histórico da desigualdade e da injustiça social.

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20. Iracema – José de Alencar

Parte da trilogia indianista de José de Alencar (O guarani e Ubirajara são os outros livros), o romance guarda a multiplicidade dos clássicos: sua prosa é poética, seu tratamento da matéria é mítico, seu ar é de epopeia.

Iracema é um livro que durante muitos anos resumiu o éthos brasileiro nas letras, e ainda hoje oferece muitos caminhos de interpretação na crítica literária, na historiografia, nos estudos culturais e de gênero.

A história do amor de Iracema, a “virgem dos lábios de mel”, com Martim é a metáfora romântica do encontro entre a civilização e a cultura autóctone. Valorizando a paisagem brasileira e construindo um passado idealizado, José de Alencar criou um mito que perdura até hoje.

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21. Fogo Morto – José Lins do Rego

São raras as obras literárias comparáveis aos diamantes, cujo brilho nunca se apaga. Fogo Morto é, sem dúvida alguma, uma dessas raridades Zé Lins criou três personagens que retratam a decadência e ao mesmo tempo a força para a superação: o mestre artesão José Amaro, o senhor de engenho Lula de Holanda e o capitão Vitorino Carneiro da Cunha.

Os três possuem o orgulho como traço comum. Estes protagonistas, somados a um elenco de coadjuvantes igualmente memoráveis, compõem um amplo espectro da sociedade brasileira na transição entre a Escravatura e a Abolição.

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22. Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis

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Foto: Melissa Marques | Resenhas à la Carte

Um dos personagens mais populares da nossa literatura, Brás Cubas é um defunto-autor que dedica sua obra ao verme que primeiro roeu as frias carnes de seu cadáver.

O protagonista narra suas memórias, intercalando episódios, delírios, reflexões e teorias, não poupando ninguém do seu olhar crítico e expondo as atitudes mesquinhas que teve em vida. É definitivamente uma obra imperdível que, com linguagem fluente e coesa, conduz sedutoramente o leitor por uma narrativa que deixa nas entrelinhas muito material para reflexões mais profundas.

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23. Libertinagem – Manuel Bandeira

A liberdade formal é uma das grandes marcas do livro Libertinagem, publicado em 1930, numa tiragem do autor com quinhentos exemplares.

Entre outros, dele consta dois poemas essenciais: “Vou-me embora pra Pasárgada” e “Pneumotórax”, que se enraizaram na alma de gerações de leitores e firmaram o nome de Manuel Bandeira entre os nossos maiores poetas.

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24. Macunaíma – Mário de Andrade

Obra-prima do Modernismo brasileiro, Macunaíma foi escrito por Mário de Andrade em 1928 e ainda hoje é um livro fundamental para compreendermos nossa diversidade cultural.

Nasceu a partir de uma vasta pesquisa linguística do autor e reflete, por meio da mistura de lendas, mitos e histórias populares, a busca de uma identidade nacional afastada pela colonização.

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25. Memórias Sentimentais de João Miramar – Oswald de Andrade

Construído a partir de 163 fragmentos de gêneros diversos, o romance de Oswald de Andrade é um dos abre-alas do modernismo e um precursor das poéticas contemporâneas. O romance retraça a vida de João Miramar, uma espécie de caricatura do homem das classes mais favorecidas – herdeiro da cultura do café, fascinado pelas coisas estrangeiras, distante do cotidiano brasileiro.

É uma sátira, selvagem e por vezes melancólica, do veio memorialista da literatura brasileira, em que os filhos das famílias mais abastadas reescrevem sua própria trajetória.

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26. Brás, Bexiga e Barra Funda – Antônio de Alcântara Machado

Os onze contos presentes nesta obra são um riquíssimo retrato da vida urbana e operária da cidade de São Paulo nos anos 1910 a 1920. As rápidas narrativas retratam o cotidiano, a cultura e o linguajar das famílias de imigrantes italianos que viviam nos bairros que dão nome à obra.

De leitura rápida e fácil, Brás, Bexiga e Barra Funda encanta, diverte e emociona seus leitores, que rapidamente se identificam com os carismáticos e alegres personagens retratados por Alcântara Machado.

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27. Lavoura Arcaica – Raduan Nassar

Lavoura Arcaica é um texto em que se entrelaçam o novelesco e o lírico, por meio de um narrador em primeira pessoa – André, o filho encarregado de revelar o avesso de sua própria imagem e, consequentemente, o avesso da imagem da família.

É sobretudo uma aventura com a linguagem: além de fundar a narrativa, a linguagem é também o instrumento que, com seu rigor, desorganiza um outro rigor, o das verdades pensadas como irremovíveis.

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28. Nova Antologia Poética – Vinícius de Moraes

A poesia de Vinicius de Moraes (1913-1980) é comumente dividida em duas fases distintas e antagônicas. A primeira, resultante de suas convicções cristãs, costuma ser definida como transcendental, metafísica e, muitas vezes, mística.

A outra representaria um “movimento de aproximação do mundo material, com a difícil mas consistente repulsa ao idealismo dos primeiros anos”, segundo o próprio poeta.

O resultado é uma seleção que servirá tanto para apresentar Vinicius aos leitores não iniciados, como para oferecer ao público familiarizado com sua obra uma nova chave de compreensão.

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29. O Ateneu – Raul Pompéia

O romance O Ateneu, que mistura ficção e autobiografia, narra as experiências de Sérgio, um tímido pré-adolescente de onze anos como aluno interno no Colégio Ateneu, conhecido como a melhor instituição de ensino do Império.

Os cenários do colégio e sua memorável galeria de alunos, professores e funcionários são um autêntico microcosmo da vida social da época.

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30. O Coronel e o Lobisomem – José Cândido de Carvalho

O Coronel e o Lobisomem, publicado originalmente em 1964, é a obra-prima de José Cândido de Carvalho.

Nele, acompanhamos a história e as histórias do coronel Ponciano de Azeredo Furtado, membro da Guarda Nacional, em meio a aventuras divertidas e inusitadas – com direito a onças, sereias e, claro, um lobisomem – pela região de Campos de Goitacazes.

Aventuras essas narradas pela inovadora linguagem de José Cândido, que aprimora as experiências rosianas e cria um estilo próprio e inimitável.

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31. O Quinze – Rachel de Queiroz

Lançado originalmente em 1930, O Quinze foi o primeiro e mais popular romance de Rachel de Queiroz. Ao narrar as histórias de Conceição, Vicente e a saga do vaqueiro Chico Bento e sua família, Rachel expõe de maneira única e original o drama causado pela história da seca de 1915, que assolou o Nordeste brasileiro, sem perder de vista os dilemas humanos universais, que fazem desse livro um clássico de nossa literatura.

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32. Antes do Baile Verde – Lygia Fagundes Telles

Reunião de narrativas escritas entre 1949 e 1969, Antes do Baile Verde é considerado por muitos críticos o livro de contos literariamente mais bem-sucedido de Lygia Fagundes Telles.

As situações narradas são as mais diversas. Em “A caçada”, um homem fica a tal ponto intrigado com uma velha tapeçaria encontrada num antiquário que acaba por mergulhar na cena retratada na peça, como se tivesse participado dela numa outra vida ou numa outra dimensão.

Já no macabro “Venha ver o Pôr-do-Sol”, um rapaz leva sua ex-namorada a um jazigo de família abandonado. Conflitos amorosos também são tema de “Apenas um Saxofone”, “Um Chá bem Forte e Três Xícaras”, “O Jardim Selvagem” e “As Pérolas”. Mas o enfoque é sempre diverso e surpreendente.

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33. Viva o Povo Brasileiro – João Ubaldo Ribeiro

“Viva o Povo Brasileiro”, exuberante e complexa metáfora da formação de nossa identidade nacional, é obra monumental que já nasceu clássica, instaurando novo olhar ficcional sobre o passado do Brasil.

A violência física e simbólica, os abismos sociais e os privilégios que os acentuam, a constituição de uma elite autoritária são encenados ao longo desta narrativa polifônica e lírica, muitas vezes irônica, que cobre quatrocentos anos de história.

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34. Vestido de Noiva – Nelson Rodrigues

Enquanto se recupera no hospital após ter sido atropelada, Alaíde é assombrada por lembranças de seu passado conturbado com Lúcia, a irmã de quem roubou o namorado, e pelas memórias lidas no diário de uma prostituta do começo do século XX.

Articulada em três planos cênicos ― o da realidade no hospital; o da alucinação com madame Clessi, a prostituta; e o da memória do conflito entre as irmãs ―, a peça Vestido de Noiva foi o primeiro grande sucesso de público de Nelson Rodrigues e um marco na dramaturgia brasileira.

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35. O Sítio do Pica-pau Amarelo – Monteiro Lobato

Monteiro Lobato revolucionou a literatura para crianças. Sua obra O Sítio do Pica-pau Amarelo, repleta de imaginação, humor e aventura, é fonte de inspiração e encantamento para leitores de todas as idades. Esta coletânea, organizada pela escritora Luciana Sandroni, reúne histórias originalmente publicadas em oito livros.

Com ilustrações em aquarela de Lelis, conta também com uma apresentação, um glossário e uma cronologia da vida do autor, para que essa viagem ao mundo de Lobato seja ainda mais completa e prazerosa.

Lembrando que essa lista é apenas um recorte dos clássicos da literatura brasileira. Não colocamos mais de uma obra por autor, mas existem diversos livros essenciais, como é o caso de Dom Casmurro, Senhora, Beijo no Asfalto, Pauliceia Desvairada, Quincas Borba, O Guarani, A Escrava Isaura, Sagarana, entre outros.

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*Última atualização em 11 de março de 2024

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1 Comentário “35 livros clássicos da literatura brasileira para ler já!”
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  1. Brilliant      20 jul 2023 // 12H57

    Sem dúvidas, muito bom o post! Vi no rodapé que a Isabela Zamboni é especialista em litaratura, eu tenho uma dúvida que não estou conseguindo encontrar resposta. Quais os livros de literatura que “todo mundo” deveria ler durante o ensino médio?