Resenhas  |  07.09.2016

Resenha: A Garota no Trem – Paula Hawkins

*Atualizado em 13 de março de 2024

“Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas dágua, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.”

Resenha: A Garota no Trem - Paula Hawkins
Foto: Isabela Zamboni/Resenhas à La Carte

Depois dessa sinopse, com certeza já fiquei com vontade de ler A Garota no Trem, livro best-seller da autora Paula Hawkins. Como adoro livros desse estilo (curti bastante o Garota Exemplar, da Gillian Flynn), baixei o e-book no Kindle e já embarquei na leitura. O começo me agradou bastante, mas foi a partir da metade que o livro começou a se enroscar e perdeu completamente minha atenção.

Com uma história óbvia, A Garota no Trem enrola, enrola, enrola por pelo menos 100 páginas, algo que deveria ter se resolvido em vinte. Quando você finalmente espera aquele final mindfuck, espetacular e surpreendente, o livro joga na sua cara: “sim, era esse mesmo o final, não tem nenhuma surpresa, é isso mesmo”. Sei que esse livro foi o mais vendido ano passado (como comentei aqui no blog) e deve ter conquistado milhares de pessoas, mas me decepcionou bastante.

Eu gostei da premissa e até senti empatia pela protagonista Rachel, uma alcoólatra que viveu em um relacionamento tenebroso com um marido machista e infiel. Rachel a cada dia tenta se reinventar, mas é carregada para baixo por conta da depressão e do alcoolismo.

Os outros personagens são horríveis, até perdi a fé na humanidade. Mas ela, não! Rachel tem solução e carisma, mesmo cometendo muitos  erros durante o desenrolar da história.

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Resenha: A Garota no Trem - Paula Hawkins

Mas, infelizmente, a trama não é tão empolgante e tropeça em vários momentos, tornando-se enfadonha. Os acontecimentos deixam muito claro quem é o assassino e o psicopata da história. Eu gostei de a autora retratar os relacionamentos abusivos que estão em toda parte: Tom e Rachel, Scott e Megan, Tom e Anna, Megan e Mac.

O tema central do livro é com certeza o relacionamento em que a mulher se sente menosprezada, diminuída, enquanto os homens sempre levam a melhor. Porém, apesar de ser interessante – e bem importante – abordar essa temática, o livro falhou em trazer algo novo.

O filme conta com a Emily Blunt no papel principal. Quem já assistiu ao filme? Gostou? Deixa sua resposta nos comentários!

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8 Comentários “Resenha: A Garota no Trem – Paula Hawkins”
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  1. Lima      19 nov 2019 // 02H30

    Olha só como a leitura é interessante por ser a viagem literária imprevisível: Comecei a leitura do Garota no Trem cheio de preconceitos, achando que ia encontrar uma série de chavões e platitudes…. De fato encontrei um livro com algumas falhas estruturais e de desenvolvimento mas por outro lado um verdadeiro page-turner, acabei sentindo o oposto: o ritmo aumenta após umas 120 páginas…. Por outro lado, me pareceu que já foi concebido com a proposta de ser filmado!

    • Isabela Zamboni      19 nov 2019 // 04H48

      Verdade! Já li vários livros que tive essa sensação de que foi escrito pra ser filmado! Mas realmente, pra mim foi o efeito contrário! Hehe

    • camila      19 nov 2019 // 04H48

      porque falhas estruturais?

  2. vitoria oliveira      19 nov 2019 // 02H30

    amei mi ajudou a passar em portugues obg

  3. Lima      27 maio 2018 // 09H00

    Olha só como a leitura é interessante por ser a viagem literária imprevisível: Comecei a leitura do Garota no Trem cheio de preconceitos, achando que ia encontrar uma série de chavões e platitudes…. De fato encontrei um livro com algumas falhas estruturais e de desenvolvimento mas por outro lado um verdadeiro page-turner, acabei sentindo o oposto: o ritmo aumenta após umas 120 páginas…. Por outro lado, me pareceu que já foi concebido com a proposta de ser filmado!

    • Isabela Zamboni      28 maio 2018 // 08H24

      Verdade! Já li vários livros que tive essa sensação de que foi escrito pra ser filmado! Mas realmente, pra mim foi o efeito contrário! Hehe

    • camila      06 jul 2019 // 11H51

      porque falhas estruturais?

  4. vitoria oliveira      30 nov 2017 // 01H30

    amei mi ajudou a passar em portugues obg