*Atualizado em 13 de março de 2024
Muita gente já me perguntou o que achei de A sutil arte de ligar o f*da-se mas, nem sempre é fácil ser categórica e afirmar: gostei ou não gostei.
O livro tem diversas nuances que valem ser refletidas e, provavelmente, o grande sucesso de Mark Manson vem exatamente daí: o poder do livro está em falar com diversos públicos – principalmente com a galera mais “pistola”. Para mim, a melhor forma de descrever A sutil arte de ligar o f*da-se é: “O que acontece quando Clube da Luta encontra a autoajuda”.
Confira a frase a seguir (e imagine se ela não poderia ter sido dita ou escrita por Tyler Durden):
“O problema é o seguinte: a sociedade atual, através das maravilhas da cultura do consumo e do exibicionismo de vidas incríveis nas redes sociais, produziu uma geração inteira que enxerga esses sentimentos negativos (ansiedade, medo, culpa, etc) como problemas”. (p. 15)
E isso não é ruim, ok? Eu realmente gostei dessa linguagem mais grosseira e “soco no estômago” que o autor utiliza. Acredito, inclusive, que tenha muito mais relevância entre a minha geração – quaaase nos 30 – do que qualquer Augusto Cury ou Osho. Portanto, A sutil arte de ligar o f*da-se tem, sim, o seu valor!
“Assim como a dor física, a dor psicológica indica que há um desequilíbrio, que algum limite foi excedido. E, também como a dor física, a psicológica nem sempre é indesejável ou de todo ruim. Em certos casos, passar por dores emocionais ou psicológicas pode ser saudável ou mesmo necessário. […] O que nos leva a deduzir um dos grandes perigos de uma sociedade que se esquiva cada vez mais dos inevitáveis desconfortos da vida: perdemos o benefício da passagem por doses saudáveis de dor, e essa perda nos desconecta da realidade”. (p. 37)
Ele, inclusive, trata de temas bastante reais e do cotidiano da maioria da galera classe-média-geração-Y (nascidos em 80/90): cultura de consumo, exibicionismo, depressão, entre outros.
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Algumas situações são tão clichês que se encaixam com perfeição no nosso dia a dia. Com isso, acaba sendo uma tarefa difícil não se identificar com A sutil arte de ligar o f*da-se em algum momento.
Porém, mesmo que o livro não se venda como uma autoajuda, ele é, sim. E não tem nada de errado com isso. Às vezes a gente simplesmente precisa de um livro assim para nos mostrar tudo o que já sabemos, achamos óbvio, mas acabamos esquecendo.
“Quer saber? Não se encontre. Nunca conheça quem você é. Porque é isso que faz você se empenhar e viver em estado de constante descoberta. Essa postura vai forçá-lo a ser humilde nos julgamentos e na aceitação das diferenças”. (p. 149)
Além disso, Mark Manson dialoga com o leitor não tentando ensiná-lo ou impondo algo, mas como se fosse um velho amigo trocando ideias sobre experiências que ele já vivenciou – coisa que muitos coaches por aí deveriam fazer, mas não fazem. Haha!
A sutil arte de ligar o f*da-se desperta no leitor “a sutil arte” de filtrar o que é válido para você naquele momento da vida, te fazer refletir e, talvez, aplicar alguma mudança efetiva na rotina e nas relações pessoais.
Nota:
Melissa Ladeia Schiewaldt é jornalista, especialista em Marketing Digital e tem MBA em Gestão de Projetos.
Melissa Parabéns pela resenha, estou iniciando a leitura desse livro com um amigo e vamos conversa sobre o assunto, mas gostei muita da sua experiencia!
Melissa Parabéns pela resenha, estou iniciando a leitura desse livro com um amigo e vamos conversa sobre o assunto, mas gostei muita da sua experiencia!