*Atualizado em 4 de março de 2024
A Biblioteca da Meia-Noite é um best-seller que fez um enorme sucesso. Ficou em primeiro lugar na categoria de ficção do Goodreads Choice Awards de 2020, ganhou várias edições especiais, continua na lista dos mais vendidos da Amazon há semanas, além de ter sido muito comentado na esfera literária.
Além disso, a sinopse é bem interessante e parecia promissora. Gosto muito de obras que fazem paralelos com livros e o amor pela literatura, por isso engatei na obra de Matt Haig e terminei em pouquíssimo tempo. Veja a sinopse:
“Aos 35 anos, Nora Seed é uma mulher cheia de talentos e poucas conquistas. Arrependida das escolhas que fez no passado, ela vive se perguntando o que poderia ter acontecido caso tivesse vivido de maneira diferente. Após ser demitida e seu gato ser atropelado, Nora vê pouco sentido em sua existência e decide colocar um ponto final em tudo. Porém, quando se vê na Biblioteca da Meia-Noite, Nora ganha uma oportunidade única de viver todas as vidas que poderia ter vivido.
Neste lugar entre a vida e a morte, e graças à ajuda de uma velha amiga, Nora pode, finalmente, se mudar para a Austrália, reatar relacionamentos antigos – ou começar outros –, ser uma estrela do rock, uma glaciologista, uma nadadora olímpica… enfim, as opções são infinitas. Mas será que alguma dessas outras vidas é realmente melhor do que a que ela já tem?
Em A Biblioteca da Meia-Noite, Nora Seed se vê exatamente na situação pela qual todos gostaríamos de poder passar: voltar no tempo e desfazer algo de que nos arrependemos. Diante dessa possibilidade, Nora faz um mergulho interior viajando pelos livros da Biblioteca da Meia-Noite até entender o que é verdadeiramente importante na vida e o que faz, de fato, com que ela valha a pena ser vivida.”
O começo do livro é bem melancólico. Nora tem depressão e acredita que nada em sua vida tenha sentido. Vive uma sucessão de fracassos que a fazem se lamentar e sofrer demais. Um relacionamento que deu errado, amizades que se afastaram, uma banda que não aconteceu, uma briga com o irmão, a morte dos pais, a falta de perspectiva no trabalho… sem contar a solidão.
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Depois que seu gato Voltaire morre, ela fica ainda mais desnorteada e não vê mais sentido em continuar vivendo. Após tomar muitos remédios com bebida alcoólica, Nora desmaia e fica entre a vida e a morte. Nesse meio tempo é quando vai ao encontro da Biblioteca da Meia-Noite, um lugar repleto de livros com diversas “vidas” que ela poderia ter vivido.
A Biblioteca da Meia-Noite é uma espécie de purgatório: ali, ela encontra uma forma de repensar sua vida, testar outros caminhos que ela poderia ter seguido e faz diversas reflexões sobre o que a realmente deixaria feliz. Cada livro é uma vida que ela poderia ter tido, um universo paralelo.
Na Biblioteca, Nora interage com a Sra. Elm, uma bibliotecária de sua antiga escola, que jogava xadrez com ela na infância. A figura da Sra. Elm é uma representação de apoio, de conforto, uma espécie de figura materna, já que Nora perdeu a mãe muito cedo. É ela quem instrui a protagonista de como funcionam os livros, quais caminhos ela pode seguir e as diversas regras que existem ali. É a própria consciência de Nora guiando-a, mostrando qual é o seu verdadeiro arrependimento e se ela realmente teria gostado de seguir uma vida diferente da atual.
É difícil não se identificar com Nora em diversos momentos. Afinal, quem não gostaria de ter a chance de rever os próprios arrependimentos, seguir vidas diferentes, buscar novos caminhos para aquilo que não deu certo? Reescrever a própria história, testando diferentes possibilidades? Cada livro da Biblioteca é uma vida paralela, ou seja, estamos falando aqui de multiversos, realidades divergentes.
Algo que gostei bastante foi o fato de que Nora é formada em filosofia, então o autor Matt Haig utiliza diversas passagens de pensadores como Thoreau, Walden, Platão etc. Em diversos momentos Nora relembra frases dos filósofos e traça paralelos com a sua vida.
Entretanto, apesar de ter vários méritos, A Biblioteca da Meia-Noite me deixou um pouco cansada. O livro é repetitivo, os personagens (exceto a protagonista) são pouco construídos e, por fim, flerta bastante com a autoajuda, um gênero que não é dos meus favoritos. Acho importante a mensagem sobre saúde mental, gostei da premissa, mas da metade para o final, já havia perdido o interesse nas diferentes vidas de Nora Seed.
NOTA:
Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos
Olá boa noite
Amei demais a Resenha do Livro
Vou comprar um Exemplar do Livro
Em Dezembro de Natal para eu ler
Amei demais a Capa
Vamos se eu vou gostar
Maravilha, espero que goste Cláudio!