*Atualizado em 7 de março de 2024
As coisas que você só vê quando desacelera foi o meu primeiro contato com a escrita de Haemin Sunim. Além disso, como eu nunca havia lido nada escrito por um monge-zen-budista, não sabia muito bem o que esperar.
No início, o livro me causou um pouco de estranheza, no sentido de ser bastante leve, simples e, “positivo demais” pro meu gosto. Mas depois, acabei me acostumando e deixei a mente aberta para os ensinamentos de Haemin.
Confira a sinopse oficial do site da Editora Sextante:
De tempos em tempos, surge um livro que, com sua maneira original de iluminar importantes temas espirituais, se torna um fenômeno tão grande em seu país de origem que acaba chamando a atenção e encantando leitores de todo o mundo. Escrito pelo mestre zen-budista sul-coreano Haemin Sunim, As coisas que você só vê quando desacelera é um desses raros e tão necessários livros para quem deseja tranquilizar os pensamentos e cultivar a calma e a autocompaixão. Ilustrado com extrema delicadeza, ele nos ajuda a entender nossos relacionamentos, nosso trabalho, nossas aspirações e nossa espiritualidade sob um novo prisma, revelando como a prática da atenção plena pode transformar nosso modo de ser e de lidar com tudo o que fazemos. Você vai descobrir que a forma como percebemos o mundo é um reflexo do que se passa em nossa mente. Quando nossa mente está alegre e compassiva, o mundo também está. Quando ela está repleta de pensamentos negativos, o mundo parece sombrio. E quando nossa mente descansa, o mundo faz o mesmo.
O livro é dividido em 8 capítulos (além de prólogo e epílogo). Neles, o autor aborda assuntos complexos e, ao mesmo tempo, corriqueiros, como: amor, vida, futuro, entre outros. Haemin Sunim inicia cada uma dessas partes com um pequeno texto autoral corrido. Logo em seguida, apresenta suas “pílulas de conhecimento“: são frases escritas por ele ou por outros grandes pensadores, como Gandhi e O Buda.
“Um livro para os dias de hoje, repleto de verdades universais, lindamente escrito e ilustrado. Cada parágrafo possui a própria semente, que cria raízes para a sabedoria mais profunda e atemporal. Uma obra para se ter sempre à mão.” – Mark Williams, coautor de Atenção plena.
De fato, as ilustrações merecem destaque. Elas são um respiro durante o livro e auxiliam o leitor a desconectar ainda mais do mundo e focar apenas nas lindas cores e leves traços do artista.
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Os ensinamentos de Haemin Sunim foram bem importantes neste final de 2019 e me ajudaram a pensar por um bom tempo em diversos aspectos da vida e, por isso, acredito que a leitura tenha sido bastante proveitosa.
Independentemente do momento que você está passando, é preciso parar um pouco, “respirar”, e avaliar suas ações, respostas e rumos.
Frases de As coisas que você só vê quando desacelera:
“As pessoas mais perigosas são aquelas que têm uma paixão, mas não possuem sabedoria.” (p. 90)
“Historicamente, as pessoas que trazem mudanças para a sociedade tendem a ser não as de meia idade, mas a juventude apaixonada. O coração dos jovens é sensível à situação dos oprimidos. Seu espírito se ergue contra a injustiça e luta por aqueles que não têm voz. Agarre-se a esse espírito jovem, não importa a idade que você tenha.” (p. 91)
“O amor não chega porque você quer ou acha que está preparado.” (p. 146)
“Na vida há muito mais momentos comuns do que extraordinários. Esperamos na fila do mercado. Passamos horas indo para o trabalho. Regamos as plantas e alimentamos nossos animais de estimação. Felicidade é encontrar instantes de alegria nesses momentos corriqueiros.” (p. 177)
“A vida monástica é caracterizada pelas belezas simples e as alegrias inesperadas. Os monges encontram felicidade em coisas que podem parecer triviais para aqueles que estão em busca das armadilhas materiais do sucesso.” (p. 131)
“Meu querido e jovem amigo, por favor, não se sinta desestimulado só porque você está um pouco para trás. A vida não é uma corrida de 100 metros contra os seus amigos, mas a maratona de uma vida inteira contra si mesmo. Em vez de se concentrar em ficar na frente de seus amigos, primeiro tente descobrir qual é a sua cor única.” (p. 204)
Nota:
Melissa Ladeia Schiewaldt é jornalista, especialista em Marketing Digital e tem MBA em Gestão de Projetos.