*Atualizado em 12 de março de 2024
O livro Caixa de Pássaros deu o que falar! Em toda parte vi pessoas contando o quanto adoraram a história, afirmando quanto o suspense era interessante. Quando vi que iria sair uma adaptação da Netflix, fiquei mais curiosa e parti para a leitura.
O título Caixa de Pássaros não revela nada, então não sabia o que esperar. Foi uma ótima surpresa, porque é um daqueles livros que te deixam presa e sem ar do começo ao fim. Um suspense intenso e misterioso, com poucas respostas e uma narrativa eletrizante.
A sinopse é essa: “Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.”
Existe um tipo de ‘surto’, que ninguém sabe explicar. As pessoas viam coisas e se suicidavam logo em seguida, de maneiras horrendas. O surto se espalhou e de repente Malorie, grávida, se viu em um mundo pós-apocalíptico, vazio, assustador, em que ninguém podia abrir os olhos.
O livro intercala os capítulos: primeiro, vemos Malorie no presente, tentando fugir com duas crianças pequenas. Em seguida, conhecemos um pouco de sua história no passado: o começo do surto, a fuga, as mortes e sua chegada à casa de Tom, Don, Felix, Jules e Cheryl.
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Caixa de Pássaros é uma história de sobrevivência. É desesperador ver os personagens lutando pela própria vida trancafiados dentro de casa e com medo de sair. Janelas trancadas, portas fechadas, cobertores tampando qualquer contato com o mundo exterior. O medo instaurado, o pavor de não saber o que está acontecendo, entre tantos outros conflitos, deixam o leitor apavorado.
Em vários momentos eu ficava me perguntando o que poderia acontecer. O que são as ‘criaturas’ que vivem lá fora? Como viver em um mundo sem suprimentos, como buscar a sobrevivência sem enxergar absolutamente nada? Como dar à luz em um mundo de puro sofrimento?
Sempre surge aquele questionamento: ‘e as pessoas cegas? Elas não sofrem com o surto? E os animais? Como algumas pessoas não morrem mesmo após entrarem em contato com essas entidades do mal?’ Essas questões englobam um dos elementos mais interessantes da trama: o mistério é sempre revelado aos pouquinhos.
A única coisa que me incomodou um pouco foi a protagonista, Malorie. Ela é um pouco sem sal, apesar de ter passado por situações terríveis. Senti que faltou mais coragem, mais força. Mas acredito que foi intencional do autor, afinal, ela era uma mulher grávida em meio ao caos.
O livro virou filme da Netflix e estreia em dezembro de 2018. Pelo trailer, já vi MUITAS diferenças do livro, mas acredito que seja para melhor. Assista abaixo (pode conter spoilers):
E você, o que achou do livro? Conta pra gente nos comentários! 🙂
*ATUALIZAÇÃO (26/12): Assisti ao filme e sinto dizer que a decepção foi bem grande. Se quiserem o suspense de verdade, fiquem com o livro. A Netflix errou a mão e virou um drama ruim, sem foco, com atuações pobres e sem pé nem cabeça. Mudaram várias coisas que não precisava e o filme ficou corrido, sem nexo. Não gostei.
Nota:
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Isabela Zamboni Moschin é jornalista, especialista em Língua Portuguesa e Literatura e mestre em Mídia e Tecnologia. Adora café, livros, séries e filmes. Atualmente, trabalha como Analista de Conteúdo na Toro Investimentos