Resenhas  |  01.06.2016

Resenha: Dia de Folga – John Boyne

*Atualizado em 5 de abril de 2024

Dia de folga foi minha primeira experiência completa no Kindle. Digo completa, pois comecei um livro de Shakespeare no dispositivo, mas ainda não terminei.

Resenha: Dia de folga - John Boyne
FOTO: Melissa Marques / Resenhas à la Carte

Dia de folga é um conto escrito por John Boyne que foi disponibilizado gratuitamente para plataformas digitais (baixe aqui). Em poucas páginas, acompanhamos um dia de folga do soldado Hawke, que nos transporta diretamente para o ambiente da Primeira Guerra Mundial.

“Ei, Hawke”, disse Delaney, o garoto irlandês que todo mundo chamava de Charlie Chaplin por causa da semelhança. “O que você pediu para o Papai Noel esse ano?”. “Uma noite de sono”, disse Hawke. “Eu tive uma dessas algumas semanas atrás. Mas não adiantou muita coisa. Eu continuava me sentindo morto quando acordei.

No conto, o autor não aprofunda nenhuma característica física ou psicológica do soldado. Inclusive, seus pensamentos são, em grande parte, bastante desconexos. É Natal, e Hawke vaga pelo acampamento em busca de algo para fazer. É interessante perceber como o autor consegue traçar um paralelo entre a vida de um soldado e de todas as pessoas que se sentem “engolidas pela rotina”.

“Esse era o problema dos dias de folga. Eles eram tão raros, e você esperava tanto por eles, mas quando eles chegavam, seu corpo estava tão acostumado a se mover constantemente que era quase impossível relaxar”.

Como a própria sinopse aponta, enquanto relembra os natais da infância e o conforto do seu lar, Hawke vê e ouve as bombas alemãs caindo à sua volta. Em meio a um dos piores conflitos do século XX, o jovem irá vivenciar um espírito natalino muito diferente do que estava acostumado.

“Na Inglaterra era véspera de Natal. Talvez fosse véspera de Natal aqui também, era difícil saber”.

Vale ressaltar que em Dia de folga, Boyne não utiliza sua “voz infantil”, tão famosa e presente em outros livros, como: O menino do pijama listrado e Tormento. Porém, a temática favorita do autor – guerra – está presente, e dificilmente será esgotada.

PS: para quem já leu outros livros do autor, em Dia de Folga, é possível relembrar alguns personagens de outras histórias!

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