*Atualizado em 25 de março de 2024
Assumo: comprei o livro pela capa. Sem nem mesmo saber a sinopse ou a quantidade de páginas do livro, já havia colocado como “desejado” na minha lista do Skoob (já me segue por lá?).
E Se só me restasse uma hora de vida (Si je n’avais plus qu’une heure à vivre, em francês) foi uma agradável surpresa! Comecei a leitura na sala de espera para um exame de rotina (coincidência, juro! haha) e, até então, pensei que se tratava de pura ficção.
O livro é, na verdade, um breve estudo sobre a filosofia do morrer.
Em certos momentos ele pode até ser confundido com autoajuda, mas isso não desmerece – de forma alguma – a obra: posso afirmar que Se só me restasse uma hora de vida é um bálsamo, um oásis no deserto, uma flor no meio de espinhos: depois de ler tantos livros ruins, mal escritos e sem sentido em 2014, Roger-Pol Droit trouxe exatamente o que eu precisava.
A leitura é fluida e rápida, apesar de tantos questionamentos e “densidade” no assunto. Morte. Ninguém gosta de falar dela, não é mesmo? Mas o autor faz um exercício incrível de – em poucas páginas – mergulhar nos pensamentos de uma mente que sabe que tem apenas alguns momentos de vida pela frente.
No que você pensaria? O que faria? Pediria perdão? Desculpa? Ligaria para aquele parente distante? Curtiria os filhos? O namorado? Rezaria para o seu Deus? Imploraria por misericórdia?
“a morte não pode ser ensinada, não pode, em sentido algum, de maneira nenhuma, ser objeto de algum tipo de treinamento, só o que se pode, contemplar é preparar-se para fazer boa figura, condicionar-se para atravessar com dignidade a suprema prova, a luta final, o suposto combate da agonia, essa palavra que lembra guerra e confronto”
Para comprar o livro, é só clicar no link abaixo:
Os recursos estilísticos usados por Roger-Pol Droit também chamam a atenção: não existem parágrafos ou muitas pontuações. O livro, a todo instante, nos dá uma sensação de urgência. O autor transita entre suas ideias. Faz cortes, retoma, pensa melhor e desfaz tudo. Essa mistura faz o leitor entrar, ainda mais, no universo particular de quem escreve.
Um ótimo “respiro literário” nesse fim de ano! Um maravilhoso brinde à vida!
Não faça como eu e confira a sinopse antes de comprar:
Esse pensamento, tão urgente e profundo, surge em algum momento da vida de cada um de nós e coloca em perspectiva todas as nossas prioridades e problemas. Mas e se essa fosse mais do que uma simples suposição? E se tivéssemos, de fato, apenas mais uma hora? E se você também tivesse apenas um breve momento para fazer um balanço, lembrar-se, encontrar aquilo que mais importa? E se só restasse uma hora para esquecer as ilusões e, finalmente, viver? Roger-Pol Droit propõe neste livro um exercício radical, decisivo, que vale todas as lições de filosofia e sabedoria. De forma brilhante, o autor nos faz mergulhar em nossa própria consciência, para que, ao fim, possamos descobrir o que é essencial para nós.
E vocês, já leram? Gostaram?
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Melissa Ladeia Schiewaldt é jornalista, especialista em Marketing Digital e tem MBA em Gestão de Projetos.
Tava procurando um livro assim e já tá na minha lista
Espero que goste, Eliane!