*Atualizado em 27 de outubro de 2020
Apesar do foco para jovens e adolescentes, Como não ser um babaca serve para todas as idades, pois trata, acima de tudo, sobre relações humanas: seja no trabalho, na escola, no trânsito, em casa, na internet ou em relacionamentos amorosos.
O livro é leve e divertido. No começo, fiquei com receio das “dicas” serem muito categóricas, mas isso não aconteceu: não se trata de um manual, mas sim de orientações passadas de forma engraçada.
“Estereótipos baseados em etnia, gênero, sexualidade, nacionalidade ou qualquer outra coisa […] se mostram falsos quando passamos a ter contato com os indivíduos. Claro, estereótipos podem ter uma essência de verdade, mas isso não deve nos impedir de tentar compreender a pessoa singular que está diante de nós.” p. 22
O trabalho de Meghan com Como Não Ser um Babaca é bem legal. Além dos textos, ela também foi responsável pelas ilustrações do livro. O traço da artista – simples, beirando o infantil – me lembrou aquelas figurinhas “Amar é…”, mas com os personagens vestidos. (UFA!)
Basicamente, os “ensinamentos” do livro podem ser resumidos em:
- Respeitar os outros;
- Ter consideração;
- Saber escutar;
- Se comunicar com clareza;
- Tratar todos como indivíduos;
- Ter empatia;
- Pensar no bem comum;
- Valorizar o afeto e a troca;
- Assumir a responsabilidade por seus atos e sentimentos;
- Ajudar os outros.
Olhando assim, parece fácil, né? Mas com certeza, qualquer um que se esforce e tenha esses objetivos na vida e ao lidar com outras pessoas, estará, além de “não sendo um babaca”, ajudando MUITO!
“Nós não temos a menor ideia do que está se passando na vida dos outros. O que parece maravilhoso visto de fora pode não ter tudo isso visto de dentro.” p. 14
Empatia. Essa é a palavra de ordem. Principalmente atualmente, onde vemos tantos discursos de ódio sendo propagado via redes sociais. Empatia é um exercício diário e difícil, mas é extremamente necessário que nos coloquemos no lugar de outros indivíduos para (ao menos tentar) entender seu ponto de vista.
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Ao final, a autora cataloga alguns tipos “comuns” de babaca:
- O valentão da escola – tiram sarro dos outros pelo que veem como “falhas” e exploram isso para se sentir melhor.
- O elitista – ignorantes com relação aos benefícios do privilégio e das disparidades econômicas entre as classes sociais.
- O mártir – buscam atrair atenção através de seus problemas para conquistar elogios.
- O narcisista – uma pessoa vaidosa e egocêntrica a ponto de beirar a megalomania.
- O dramático – perde a noção das coisas e geralmente acaba fabricando seus próprios problemas.
- O preconceituoso – faz generalizações com base em etnia, religião, gênero e orientação sexual de outras pessoas.
- O sexista – acreditam que um sexo é naturalmente superior ao outro. Também tendem a achar que cada gênero tem um papel inerente na sociedade.
- O manipulador – grosseiros e presunçosos, agem como se tivessem a capacidade de manipular as pessoas.
- O passivo-agressivo – agem com implicância constantemente, são imprevisíveis e difíceis de decifrar.
Quem nunca teve que lidar com (ou por alguma circunstância foi) um desses, né?
- FOTO: Melissa Marques / Resenhas à la Carte
*Esse produto foi um brinde, porém, as informações contidas nesse post expressam as ideias da autora.
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Melissa Ladeia Schiewaldt é jornalista, especialista em Marketing Digital e tem MBA em Gestão de Projetos.