Resenhas  |  20.03.2018

Resenha: Fahrenheit 451 – Ray Bradbury

*Atualizado em 14 de março de 2024

Ao lado de autores como Aldous Huxley e George OrwellRay Bradbury figura entre os mais famosos romancistas distópicos. Fahrenheit 451 é, sem dúvida, uma de suas obras mais notáveis, já que consegue prender o leitor do início ao fim, sem o menor esforço.

Resenha: Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
FOTO: Melissa Marques | Resenhas à la Carte

Fahrenheit 451 é ambientado em um futuro próximo, onde um Estado totalitário acaba proibindo qualquer tipo de material literário e didático. Aqui, vale fazer uma observação: o livro foi escrito em 1953, período pós Segunda Guerra, e carrega duras críticas à opressão anti-intelectual nazista, e demonstra a apreensão do autor sobre  a ótica de uma sociedade autoritária.

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Resenha: Fahrenheit 451 - Ray Bradbury

Acompanhamos a vida pacata de Guy Montag, um bombeiro que tem como principal atividade a queima de livros. Isso mesmo: os bombeiros são chamados para incendiar casas e bibliotecas de pessoas que desobedecem a nova lei antilivros.

O bombeiro – que passa grande parte de sua vida sem questionar suas motivações ou seu trabalho – começa a refutar seus ideais a partir do momento que observa uma mulher ser queimada viva junto de seus livros. Montag, então, se interessa em saber o que poderia ter levado a personagem a agir de tal forma. Seria loucura? Ou os livros realmente têm algo a oferecer?

É a partir desse ponto que Montag abre seus olhos e passa a questionar o status quo. Para tal, o bombeiro conta com a ajuda de sua recém-chegada vizinha, Clarisse McClellan, figura antagônica, convicta, cheia de vida e completamente reflexiva.

Resenha: Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
FOTO: Melissa Marques | Resenhas à la Carte

O desenrolar da história é repleto de tensão, afinal, ao desafiar a ordem natural das coisas, Montag acaba vivendo de forma excruciante!

Fahrenheit 451 é um livro fácil, mas nem por isso acaba sendo raso. Muito pelo contrário: indagações filosóficas são feitas e instigam o leitor a pensar no que o mundo se tornaria caso os livros fossem realmente abolidos. Ray Bradbury finaliza a obra com maestria e um toque de sutileza.

O livro ganhou uma ótima adaptação cinematográfica em 1966, pelo renomado diretor François Truffaut. Porém, há também uma minissérie da HBO, baseada no livro. Confira o trailer:

Nota: 

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10 Comentários “Resenha: Fahrenheit 451 – Ray Bradbury”
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  1. Mayckel Oakes Vasconcellos      30 jan 2020 // 11H30

    Uma palavra para definir este livro: ‘Perfeição’.

    • Melissa Marques      30 jan 2020 // 11H35

      Concordo com você, Mayckel! 🙂
      Obrigada pela sua visita aqui no Resenhas!
      Abraços.

  2. Luiza Lamas      19 nov 2019 // 01H50

    Olá!
    Terminei de ler Fahrenheit 451 hoje e o que mais achei impressionante no livro é que ele não precisou se passar em um mundo diferente para ser distópico ou futurístico. Quer dizer, o planeta continuou o mesmo, as cidades continuaram as mesmas, o que mudou foi o *comportamento* das pessoas, cada vez mais oprimidas pela indústria cultural e pelo consumo, que acabaram não se dando conta do que realmente importa, por isso a crítica tão grande que o autor faz o livro inteiro.
    Na obra, existe um diálogo de Faber com Montag em que Faber diz que os bombeiros raramente são necessários, porque o público deixou de ler por decisão própria e são poucos os que ainda querem ser rebeldes. Acho que essa fala explicita bem o ciclo de opressão que o autor quis montar em Fahrenheit 451 e é assustador perceber que vivemos um pouco disso hoje, mesmo que não queimemos os livros.
    Um beijo,
    Luiza!

    • Melissa Marques      19 nov 2019 // 01H57

      Oi, Luísa!
      Como vai?

      Obrigada pela visita e pelo comentário!

      Realmente, a visão trazida por Ray através de Fahrenheit é exatamente essa. E chega a ser assustadora, mesmo 🙁

      O importante é continuarmos divulgando boas leituras para que isso nunca aconteça, né? haha

      Beijos!

  3. Fred      19 nov 2019 // 01H50

    Caramba! Ótimo!
    Queri a ter ideia da história para decidir se leria o livro ou não e encontrei esta ótima e sintética resenha!
    Obrigado!

    • Melissa Marques      19 nov 2019 // 01H50

      Oi, Fred! Tudo ok? Fico feliz que a resenha tenha ajudado 🙂 Abraços e ótima leitura!

  4. Fred      06 fev 2019 // 05H45

    Caramba! Ótimo!
    Queri a ter ideia da história para decidir se leria o livro ou não e encontrei esta ótima e sintética resenha!
    Obrigado!

    • Melissa Marques      13 fev 2019 // 08H43

      Oi, Fred! Tudo ok? Fico feliz que a resenha tenha ajudado 🙂 Abraços e ótima leitura!

  5. Luiza Lamas      13 jul 2018 // 10H53

    Olá!
    Terminei de ler Fahrenheit 451 hoje e o que mais achei impressionante no livro é que ele não precisou se passar em um mundo diferente para ser distópico ou futurístico. Quer dizer, o planeta continuou o mesmo, as cidades continuaram as mesmas, o que mudou foi o *comportamento* das pessoas, cada vez mais oprimidas pela indústria cultural e pelo consumo, que acabaram não se dando conta do que realmente importa, por isso a crítica tão grande que o autor faz o livro inteiro.
    Na obra, existe um diálogo de Faber com Montag em que Faber diz que os bombeiros raramente são necessários, porque o público deixou de ler por decisão própria e são poucos os que ainda querem ser rebeldes. Acho que essa fala explicita bem o ciclo de opressão que o autor quis montar em Fahrenheit 451 e é assustador perceber que vivemos um pouco disso hoje, mesmo que não queimemos os livros.
    Um beijo,
    Luiza!

    • Melissa Marques      22 jul 2018 // 11H08

      Oi, Luísa!
      Como vai?

      Obrigada pela visita e pelo comentário!

      Realmente, a visão trazida por Ray através de Fahrenheit é exatamente essa. E chega a ser assustadora, mesmo 🙁

      O importante é continuarmos divulgando boas leituras para que isso nunca aconteça, né? haha

      Beijos!