*Atualizado em 14 de março de 2024
Ao lado de autores como Aldous Huxley e George Orwell, Ray Bradbury figura entre os mais famosos romancistas distópicos. Fahrenheit 451 é, sem dúvida, uma de suas obras mais notáveis, já que consegue prender o leitor do início ao fim, sem o menor esforço.
Fahrenheit 451 é ambientado em um futuro próximo, onde um Estado totalitário acaba proibindo qualquer tipo de material literário e didático. Aqui, vale fazer uma observação: o livro foi escrito em 1953, período pós Segunda Guerra, e carrega duras críticas à opressão anti-intelectual nazista, e demonstra a apreensão do autor sobre a ótica de uma sociedade autoritária.
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Acompanhamos a vida pacata de Guy Montag, um bombeiro que tem como principal atividade a queima de livros. Isso mesmo: os bombeiros são chamados para incendiar casas e bibliotecas de pessoas que desobedecem a nova lei antilivros.
O bombeiro – que passa grande parte de sua vida sem questionar suas motivações ou seu trabalho – começa a refutar seus ideais a partir do momento que observa uma mulher ser queimada viva junto de seus livros. Montag, então, se interessa em saber o que poderia ter levado a personagem a agir de tal forma. Seria loucura? Ou os livros realmente têm algo a oferecer?
É a partir desse ponto que Montag abre seus olhos e passa a questionar o status quo. Para tal, o bombeiro conta com a ajuda de sua recém-chegada vizinha, Clarisse McClellan, figura antagônica, convicta, cheia de vida e completamente reflexiva.
O desenrolar da história é repleto de tensão, afinal, ao desafiar a ordem natural das coisas, Montag acaba vivendo de forma excruciante!
Fahrenheit 451 é um livro fácil, mas nem por isso acaba sendo raso. Muito pelo contrário: indagações filosóficas são feitas e instigam o leitor a pensar no que o mundo se tornaria caso os livros fossem realmente abolidos. Ray Bradbury finaliza a obra com maestria e um toque de sutileza.
O livro ganhou uma ótima adaptação cinematográfica em 1966, pelo renomado diretor François Truffaut. Porém, há também uma minissérie da HBO, baseada no livro. Confira o trailer:
Nota:
Melissa Ladeia Schiewaldt é jornalista, especialista em Marketing Digital e tem MBA em Gestão de Projetos.
Uma palavra para definir este livro: ‘Perfeição’.
Concordo com você, Mayckel! 🙂
Obrigada pela sua visita aqui no Resenhas!
Abraços.
Olá!
Terminei de ler Fahrenheit 451 hoje e o que mais achei impressionante no livro é que ele não precisou se passar em um mundo diferente para ser distópico ou futurístico. Quer dizer, o planeta continuou o mesmo, as cidades continuaram as mesmas, o que mudou foi o *comportamento* das pessoas, cada vez mais oprimidas pela indústria cultural e pelo consumo, que acabaram não se dando conta do que realmente importa, por isso a crítica tão grande que o autor faz o livro inteiro.
Na obra, existe um diálogo de Faber com Montag em que Faber diz que os bombeiros raramente são necessários, porque o público deixou de ler por decisão própria e são poucos os que ainda querem ser rebeldes. Acho que essa fala explicita bem o ciclo de opressão que o autor quis montar em Fahrenheit 451 e é assustador perceber que vivemos um pouco disso hoje, mesmo que não queimemos os livros.
Um beijo,
Luiza!
Oi, Luísa!
Como vai?
Obrigada pela visita e pelo comentário!
Realmente, a visão trazida por Ray através de Fahrenheit é exatamente essa. E chega a ser assustadora, mesmo 🙁
O importante é continuarmos divulgando boas leituras para que isso nunca aconteça, né? haha
Beijos!
Caramba! Ótimo!
Queri a ter ideia da história para decidir se leria o livro ou não e encontrei esta ótima e sintética resenha!
Obrigado!
Oi, Fred! Tudo ok? Fico feliz que a resenha tenha ajudado 🙂 Abraços e ótima leitura!
Caramba! Ótimo!
Queri a ter ideia da história para decidir se leria o livro ou não e encontrei esta ótima e sintética resenha!
Obrigado!
Oi, Fred! Tudo ok? Fico feliz que a resenha tenha ajudado 🙂 Abraços e ótima leitura!
Olá!
Terminei de ler Fahrenheit 451 hoje e o que mais achei impressionante no livro é que ele não precisou se passar em um mundo diferente para ser distópico ou futurístico. Quer dizer, o planeta continuou o mesmo, as cidades continuaram as mesmas, o que mudou foi o *comportamento* das pessoas, cada vez mais oprimidas pela indústria cultural e pelo consumo, que acabaram não se dando conta do que realmente importa, por isso a crítica tão grande que o autor faz o livro inteiro.
Na obra, existe um diálogo de Faber com Montag em que Faber diz que os bombeiros raramente são necessários, porque o público deixou de ler por decisão própria e são poucos os que ainda querem ser rebeldes. Acho que essa fala explicita bem o ciclo de opressão que o autor quis montar em Fahrenheit 451 e é assustador perceber que vivemos um pouco disso hoje, mesmo que não queimemos os livros.
Um beijo,
Luiza!
Oi, Luísa!
Como vai?
Obrigada pela visita e pelo comentário!
Realmente, a visão trazida por Ray através de Fahrenheit é exatamente essa. E chega a ser assustadora, mesmo 🙁
O importante é continuarmos divulgando boas leituras para que isso nunca aconteça, né? haha
Beijos!