Resenhas  |  23.06.2015

Resenha: Morte na Mesopotâmia – Agatha Christie

Depois de viciar na série Sherlock, da BBC, me deu saudade de ler Agatha Christie. Já havia lido alguns livros da autora na adolescência, mas não lembrava direito de seu estilo.

Peguei então Morte na Mesopotâmia, um dos títulos que eu lembro ser um dos mais conhecidos. Não me arrependi, pois a história é muito empolgante e divertida de ler.

Resenha: Morte na Mesopotâmia - Agatha Christie
FOTO: Melissa Marques / Resenhas à la Carte

O livro é mais um dos casos de Hercule Poirot, o detetive belga tão icônico que aparece em boa parte das obras da autora. Na história, a enfermeira Amy Leatheran narra sua experiência com a paciente Louise Leidner, uma mulher que sofria de angústia nervosa e era casada com o famoso arqueólogo Eric Leidner.

A trama se passa em uma cidade árabe, durante uma escavação comandada por Leidner e sua equipe. Durante a história, ficamos tensos o tempo inteiro, querendo saber porque Louise sofria tantas paranoias e angústias e por qual motivo o clima entre as pessoas da escavação estava tão estranho.

Depois que um dos membros da equipe da escavação é brutalmente assassinado, é hora de Poirot entrar em cena e tentar descobrir quem teria motivos para realizar tal façanha, além de tentar explicar por que aquelas pessoas viviam em um clima tão pesado.

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Capa do livro Morte na Mesopotâmia

Morte na Mesopotâmia é aquela típica história de detetives que fascina e encanta. Um grupo de pessoas. Todas agindo de forma esquisita. De repente, um assassinato cometido por um deles e ninguém sabe como reagir.

Um detetive entra em cena para tirar todo mundo do sério fazendo perguntas indiscretas. Análises minuciosas de cada detalhe do dia do assassinato, a fim de montar o quebra-cabeça. Ou seja: a narrativa perfeita para quem, como eu, é fascinado por solucionar mistérios.

Quem lê bastante Agatha Christie, geralmente adivinha rápido quem é o verdadeiro assassino. Sempre há o misdirection, isto é, a autora faz você odiar um personagem para desconfiar dele, mas com certeza está tirando o seu foco do verdadeiro assassino, geralmente aquela pessoa que todo mundo descarta logo de primeira.

Neste livro, me deixei levar e nem tentei adivinhar nada. Quis embarcar na jornada de Poirot e apenas admirar o personagem como um detetive muito astuto e divertido.

Outro ponto positivo é conferir a história pelos olhos da enfermeira, alguém que chegou de fora da expedição e relata com detalhes tudo o que viu durante o tempo que passou ali.

Amy Leatheran é uma mulher muito íntegra, correta, mas por vezes ingênua. Não conseguia ver o que estava diante de seus olhos e confiava bastante na bondade do ser humano. É divertido ver como ela ajuda Poirot no caso, que sempre a deixa bastante intrigada.

Por ser tipicamente britânico, também é divertido ver como os personagens são extremamente polidos e educados. Todos se preocupam demais com tentar parecer uma boa pessoa e despejar moralismo.

Portanto, todo mundo que sai um pouco da linha ou age com sinceridade, aos olhos da enfermeira, é um indivíduo rude e grosseiro. A narradora vive fazendo comentários do tipo “ela não é uma dama”, ou “fulano deveria agir com mais respeito”. Parece que pessoas muito espontâneas incomodam de verdade a enfermeira.

Enfim, se você procura uma narrativa animada e com personagens ótimos, Morte na Mesopotâmia é o livro pra você. Só tente não adivinhar tão cedo quem é o assassino, senão perde toda a graça.

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*Última atualização em 18 de março de 2024

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