*Atualizado em 5 de abril de 2024
Há alguns dias a imagem abaixo “bombou” nas redes sociais: ela mostra o nome de algumas distopias (filmes e livros) e na interseção de todas elas o texto “você está aqui“.
A imagem é um tanto caótica mas, tendo em vista o momento que estamos passando, muitas pessoas se identificaram com ela. Como ela cita livros como 1984, A Revolução dos Bichos, entre outros, resolvi selecionar 20 distopias clássicas e modernas, inspiradas nesta imagem, para abordarmos aqui no blog.
Mas, antes, vamos trazer o conceito de distopia:
A distopia, também conhecida como antiutopia, é um conceito filosófico adotado por vários autores e expresso em suas criações ficcionais, nas quais eles retratam uma sociedade construída no sentido oposto ao da utopia, que por sua vez prevê um sistema perfeito, um estado ideal, onde vigora a máxima felicidade e a total concórdia entre seus cidadãos.
A literatura distópica também pode representar um regime utópico que na prática destoa da teoria. As comunidades regidas pela distopia normalmente apresentam governos totalitários, ditatoriais, os quais exercem um poder tirânico e um domínio ilimitado sobre o grupo social.
Fonte: Infoescola.
20 distopias clássicas e modernas para você conhecer
1. O Conto da Aia – Margaret Atwood
Com esta história, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente.
Clique aqui para ler a resenha completa.
2. Fahrenheit 451 – Ray Bradbury
Acompanhamos a vida pacata de Guy Montag, um bombeiro que tem como principal atividade a queima de livros. Isso mesmo: os bombeiros são chamados para incendiar casas e bibliotecas de pessoas que desobedecem a nova lei antilivros.
Clique aqui para ler a resenha completa.
3. Laranja Mecânica – Anthony Burgess
Alex é o jovem líder de uma gangue de adolescentes cuja diversão é cometer perversidades e atos de violência pelas ruas de uma cidade futurista governada por um Estado repressivo e totalitário.
Depois de cometer um crime que termina em um assassinato, ele acaba preso pelo governo e submetido a um método experimental de recondicionamento de mentes criminosas, que se utiliza de terapia de aversão brutal.
4. 1984 – George Orwell
Winston vive aprisionado em uma sociedade completamente dominada pelo Estado. Essa submissão ao poder é relatada, inclusive, na rotina desse personagem, que trabalha com a falsificação de registros históricos a fim de satisfazer os interesses presentes.
Winston, contudo, não aceita bem essa realidade, que se disfarça de democracia, e vive questionando a opressão que o partido e o Grande Irmão exercem sob a sociedade.
A inspiração do livro vem dos regimes totalitários dos anos 30 e 40 e, é assim, sob a ótica da ficção, que o autor faz com que seus leitores reflitam sobre o sistema de controle, que depois de tanto tempo ainda é muito questionado.
5. Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley
Um mundo de pessoas programadas em laboratório e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. Um mundo no qual a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar o espírito de conformismo.
Um universo que louva o avanço da técnica, a linha de montagem, a produção em série, a uniformidade, e que idolatra Henry Ford.
6. Battle Royale – Koushun Takami
Como parte de um programa implacável pelo governo totalitário, os alunos do nono ano são levados para uma pequena ilha isolada e recebem um mapa, comida e várias armas.
Forçados a usarem coleiras especiais, que explodem quando eles quebram uma regra, eles devem lutar entre si por três dias até que apenas um “vencedor” sobreviva. O jogo de eliminação se torna a principal atração televisiva de reality shows.
7. A Máquina do Tempo – H. G. Wells
Esse livro foi praticamente o precursor de histórias sobre viagens no tempo. A trama é sobre o “Viajante do Tempo” (personagem sem nome), um cientista que inventa a Máquina do Tempo e viaja até o ano 802.700, onde encontra tudo muito diferente.
O personagem – que vivia no final da época vitoriana – narra sua empreitada a quatro amigos durante um jantar, relatando tudo o que encontrou durante esse “passeio” no futuro.
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8. V de Vingança – Alan Moore
Encenada em uma Inglaterra de um futuro imaginário que se entregou ao fascismo, esta arrebatadora história captura a natureza sufocante da vida em um estado policial autoritário e a força redentora do espírito humano que se rebela contra esta situação.
Obra de surpreendente clareza e inteligência, V de Vingança traz inigualável profundidade de caracterizações e verossimilhança, em um audacioso conto de opressão e resistência.
9. Y o último Homem – Brian K. Vaughan
Em 2002 a Terra mudou para sempre. Todas as criaturas com um cromossomo Y morreram instantaneamente ao redor do globo. Com a perda de mais da metade da população, a sociedade está à beira do colapso e cabe às mulheres o fardo de juntar os pedaços e tentar manter nossa civilização. Mas esse “generocídio” não foi tão completo assim. Por alguma misteriosa razão, Yorick e seu macaco de estimação foram poupados do extermínio.
Do dia para a noite, esse desconhecido de vinte e poucos anos virou a pessoa mais importante do planeta e a chave para decifrar o mistério que varreu o sexo masculino do mapa.
10. Eu, Robô – Isaac Asimov
Eu, Robô é um conjunto de nove contos que relatam a evolução dos autômatos através do tempo. É neste livro que são apresentadas as célebres Três Leis da Robótica: os princípios que regem o comportamento dos robôs e que mudaram definitivamente a percepção que se tem sobre eles na própria ciência.
Eu, Robô inicia-se com uma entrevista com a Dra. Susan Calvin, uma psicóloga roboticista da U.S Robots & Mechanical. Ela é o fio condutor da obra, responsável por contar os relatos de seu trabalho e também da evolução dos autômatos. Algumas histórias são mais leves e emocionantes como Robbie, o robô baba, outras, como Razão, levam o leitor a refletir sobre religião e até sobre sua condição humana.
11. A Revolução dos Bichos – George Orwell
Não tem uma página do livro de George Orwell que não contenha ironia e acidez. É tão descarada a crítica aos regimes extremistas que gera um misto de riso e tristeza no leitor. Sem contar que é também revoltante: cada página você sofre com o absurdo imposto pelos próprios animais a seus companheiros de granja.
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12 – 13 – 14. Trilogia da Fundação – Isaac Asimov
Obra máxima do escritor Isaac Asimov, os três livros que compõem a Trilogia da Fundação – ‘Fundação’, ‘Fundação e Império’ e ‘Segunda Fundação’ —, foram eleitos, em 1966, a melhor série de ficção científica e fantasia de todos os tempos.
A trilogia conta a história da humanidade, em um ponto distante no futuro, no qual o visionário cientista Hari Seldon prevê a destruição total do império humano e de todo o conhecimento acumulado por milênios.
15. Watchmen – Alan Moore
O ano é 1985. Os Estados Unidos são uma nação totalitária e fechada, isolada do resto do mundo. A presença de arsenais nucleares e dos chamados super-heróis mantém um certo equilíbrio entre as forças do planeta…
Até que o relógio do fim do mundo começa a marchar para a meia-noite e a raça humana para um abismo sem-fim.
16- 17 – 18. Trilogia Sprawl – William Gibson
Composta pelos livros Neuromancer, Count Zero e Mona Lisa Overdrive. Precursoras do cyberpunk, as três obras se passam na mesma linha do tempo e são ligadas sutilmente por personagens e temas que aparecem em toda a trilogia.
Foi nesta trilogia que Gibson apresentou os conceitos do que conhecemos atualmente como internet e difundiu o termo cyberspace. Suas ideias serviram de referência para as irmãs Wachowski criarem a trilogia de filmes Matrix, que trouxe ainda mais popularidade para o universo do autor.
19. Eu sou a Lenda – Richard Matheson
Uma impiedosa praga assola o mundo, transformando cada homem, mulher e criança do planeta em algo digno dos pesadelos mais sombrios.
Nesse cenário pós-apocalíptico, tomado por criaturas da noite sedentas de sangue, Robert Neville pode ser o último homem na Terra. Ele passa seus dias em busca de comida e suprimentos, lutando para manter-se vivo (e são).
20. Blade Runner – Philip K. Dick
Rick Deckard é um caçador de recompensas. Para melhorar seu precário padrão de vida, Deckard sonha em substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal verdadeiro – um sonho de consumo que vai além de sua condição financeira.
Ele vê a chance de realizar esse desejo ao ser chamado para um novo trabalho: perseguir e aposentar seis androides que assassinaram seus mestres e estão refugiados. Mas as convicções de Deckard podem mudar quando ele percebe que a linha que separa o real e o fabricado não é mais tão nítida quanto acreditava.
Gostou da nossa seleção de 20 distopias clássicas e modernas? Já leu alguma delas? Me conta nos comentários!
Melissa Ladeia Schiewaldt é jornalista, especialista em Marketing Digital e tem MBA em Gestão de Projetos.